A seleção brasileira masculina tem duas opções: ou será tetracampeã mundial de vôlei tendo vencido todos os rivais que vieram pela frente ou ficará com a prata com a Polônia engasgada na garganta. A final de domingo será mesmo contra os poloneses, donos da casa, que neste sábado venceram a Alemanha por 3 sets a 1, com parciais de 26/24, 28/26, 23/25 e 25/21.
Para chegar à final, o Brasil venceu 11 dos 12 jogos que fez no Mundial. Só perdeu para a Polônia, na abertura da terceira fase, numa partida polêmica. Dono da melhor campanha na segunda fase, o time brasileiro teve cancelados os privilégios adquiridos - ter um dia de folga entre os dois jogos da fase e enfrentar um segundo e um terceiro colocados.
O confronto entre brasileiros e poloneses foi decidido no quinto set, após uma revisão em vídeo pedida pelo técnico da Polônia que mostrou que o ponto era polonês. Bernardinho se irritou e, acusam os anfitriões, chegou a mostrar o dedo do meio para um jornalista e atirar uma toalha em um delegado da FIVB. Ele nega, mas o episódio aqueceu uma rivalidade recente.
Neste ano, Brasil e Polônia já haviam se enfrentado quatro vezes pela Liga Mundial, com duas vitórias e duas derrotas para cada lado. Em 2012, na Bulgária, uma derrota para os poloneses tirou o Brasil da semifinal da Liga Mundial pela primeira vez desde 1998. Em 2007, em Katowice, o time de Bernardinho bateu os donos da casa na semifinal. Um ano antes, o Brasil foi campeão mundial no Japão vencendo os poloneses.
Na decisão deste domingo, às 15h25 de Brasília, o Brasil vai encarar um rival que conta com forte apoio da torcida em Katowice e joga embalado pelo público, festejando cada ponto. Foi isso que fez um time que terminou apenas na nona colocação do Europeu do ano passado chegar à final do Mundial.
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