O governador de Tóquio, Yoichi Masuzoe, defendeu nesta quarta-feira (30) a proposta de cortar custos da organização dos Jogos Olímpicos de 2020 na cidade japonesa com a realocação de locais de competição, mesmo que isso afete os planos de ter quase todas as instalações próximas da Vila Olímpica.
No ano passado, Tóquio foi escolhida como sede da Olimpíada de 2020 com a promessa de realizar um evento compacto, com 28 dos 33 locais de competição sugeridos ficando a uma distância de até oito quilômetros da vila.
Mas os organizadores da Olimpíada de Tóquio disseram que estão revendo seus planos para as instalações por causa de preocupações com o aumento dos custos. O Japão já tenha informado o Comitê Olímpico Internacional (COI) de realizar alterações.
De acordo com relatos da imprensa japonesa, os organizadores estão pensando em mudar algumas instalações para locais tão distantes como Saitama, que fica a uma hora de distância do centro de Tóquio.
"Mesmo se um local está a 100 quilômetros de distância, você ainda pode conseguir um tempo máximo de viagem de 30 minutos, se o sistema de transporte for o adequado", disse Masuzoe, apostando em deslocamento eficientes para minimizar as distâncias.
Insistindo que ele também tem responsabilidade em relação aos contribuintes de Tóquio, o governador afirmou que os custos precisam ser a principal preocupação dos organizadores.
"As despesas podem ser de 30, 40, 50 vezes maiores do que o plano original", disse Masuzoe. "Como posso convencer os contribuintes a pagar esse tipo de dinheiro? Estamos trabalhando com o COI e as várias federações esportivas para fazer Jogos sustentáveis. O legado é muito importante", afirmou.
O COI, sob a presidência de Thomas Bach, está analisando formas de reduzir os custos de futuras edições da Olimpíada. Recentemente, várias cidades desistiram do processo de escolha da sede dos Jogos de Inverno de 2022 por causa de preocupações financeiras.
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