O medo da torcida deve fazer com que o Palmeiras mude a logística da ida a Presidente Prudente para a partida diante do Fluminense, que acontecerá no domingo, pela 35.ª rodada do Campeonato Brasileiro. Apesar de despistar, a diretoria do clube deve antecipar a viagem, justamente para evitar atos de violência contra jogadores, diretores e comissão técnica.
"Ainda vou conversar com o (técnico Gilson) Kleina para definirmos o que é melhor, mas esse assunto é algo interno, na hora certa iremos divulgar", declarou, nesta quarta-feira, o gerente de futebol César Sampaio.
A delegação deveria deixar a capital paulista no sábado, após o treino das 10 horas, mas a tendência é que a saída seja antecipada para sexta-feira pela manhã ou quinta à noite. Além disso, o clube não deve divulgar o real horário da viagem.
Essa é apenas uma das medidas tomadas nos últimos dias para tentar proteger os jogadores da ira da torcida. A diretoria palmeirense já reforçou a segurança do clube e sugeriu algumas outras precauções aos atletas, como evitar sair sozinho na rua, não ir a festas e estacionar o carro na área reservada para imprensa ou convidados no CT.
"Sou contra a violência, mas garanti aos atletas que ninguém corre perigo, já que reforçamos a segurança", afirmou Sampaio, que já havia admitido ter sido ameaçado de morte por torcedores.
TREINO - Nesta quarta-feira, o técnico Gilson Kleina comandou treino de finalização para a maior parte do grupo palmeirense na Academia de Futebol, enquanto alguns jogadores fizeram trabalho físico. À tarde, o elenco realizará um coletivo fechado à imprensa, no qual a escalação que entrará em campo no domingo deverá ser definida.
O Palmeiras vive situação desesperadora no Campeonato Brasileiro e é apenas o 18.º colocado, com 33 pontos. A equipe paulista está a sete pontos do Bahia, primeiro time fora da zona de rebaixamento, a quatro rodadas para o fim da competição.
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