Com a presença nos Jogos Olímpicos do Rio seriamente ameaçada, as jogadoras da seleção brasileira feminina de hóquei sobre grama dão uma última cartada para tentar assegurar uma vaga. As atletas pretendem sensibilizar a Federação Internacional de Hóquei (FIH) por meio de um abaixo-assinado realizado pela
internet. O endereço é http://chn.ge/1sgJ9sS. Qualquer pessoa pode participar - basta fornecer um e-mail e o nome.
A intenção da idealizadora do apelo, a jogadora Patricia Boos, é alcançar 50 mil assinaturas até o final de novembro. Até a noite desta sexta-feira, as atletas tinham reunido pouco mais de mil apoios.
A FIH estabeleceu critérios para dar convites às seleções brasileiras da modalidade, muito incipiente no país. A seleção feminina precisa se situar entre as 40 melhores do ranking internacional, até o final deste ano, e a masculina deve alcançar ao menos a 30.ª posição. Por ora, a feminina é a 41.ª e a masculina ocupa a 34.ª posição.
A última oportunidade para que as seleções pontuem é a Liga Mundial, que será disputada no próximo mês, em Guadalajara, no México. A seleção masculina vai viajar, mas a feminina não. A Confederação Brasileira de Hóquei, que recebeu R$ 1,7 milhão via Lei Piva neste ano, alega que não dispõe de recursos para enviar as
duas delegações.
"Acho que a Federação Internacional é bem acessível. Eu mesma já consegui falar com vários dirigentes. Estamos confiantes de que vamos conseguir sensibilizar a FIH. Não somos nós, jogadoras, que causamos o problema, mas a Confederação Brasileira, que é mal gerida, na nossa opinião", disse a jogadora Bruna Ferraro.
As atletas se apoiam no fato de a seleção brasileira estar apenas uma posição abaixo da meta. Não é a primeira vez que um país anfitrião fica fora da Olimpíada. A Grécia, em 2004, não participou do torneio feminino de hóquei dos Jogos de Atenas.
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