Precisando de resultados, Alejo espera vencer Slater e ajudar Medina

Gazeta Press
17/12/2014 às 10:08.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:24
 (Instagram/Reprodução)

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Gabriel Medina é o único que depende somente de seus esforços para ser campeão do Mundial de Surfe, o WCT. Caso alcance a final, ele garantirá o título inédito para o Brasil. No entanto, o surfista de 20 anos não reclamaria se o compatriota Alejo Muniz desse uma ajudinha ao eliminar Kelly Slater no terceiro round da etapa decisiva, em Pipeline, na ilha de Oahu, no Havaí.

Onze vezes campeão do mundo, Slater pode ficar de fora da disputa caso Medina avance para o quarto round. Já em uma situação de derrota para o local Dusty Payne, o brasileiro teria de torcer para o norte-americano não ser campeão do Pipe Masters. Por isso, a torcida de Medina por Alejo só deve aumentar.

Na 29ª colocação do ranking mundial, Muniz terá muito em jogo na bateria contra Slater. Ele precisa chegar à final da última etapa para manter-se no WCT do ano que vem. Há também a possibilidade de que o argentino naturalizado brasileiro se mantenha na elite do surfe com uma das duas vagas de atleta machucado. Isso, porque Alejo se machucou no início da temporada, antes da segunda etapa (Margaret River, Austrália), voltando só na quarta, a do Rio de Janeiro, ainda sem estar completamente curado.

“Todo esse negócio de precisar de vaga e de cair numa bateria difícil contra o Kelly Slater tem provocado um efeito contrário em mim”, disse Alejo. “Se eu estivesse precisando de uma ou duas baterias para me classificar, acho que eu estaria mais nervoso. Como sei que preciso passar muitas baterias, estou tranquilo. Eu sei o que eu preciso fazer, tenho que pegar as ondas certas e vencer. Vou entrar ali para fazer o meu melhor”, disse o brasileiro, que já conquistou o feito de vencer Slater. Na ocasião, a vitória ocorreu em Sunset Beach, em uma bateria com quatro surfistas.

“Como eu já o venci uma vez, isso me dá confiança, pois posso vencer a segunda. Vencer o Kelly na onda mais especial do circuito vai ser um sonho, ainda mais precisando de pontos e podendo tirá-lo da corrida para o título mundial. Mas, como o Mick falou outro dia, não existe isso de sorte. Se o cara quer ser campeão, ele tem que fazer o dele, e o Gabriel está fazendo isso. Se eu puder ajudar, vou ficar muito feliz”, completou.

Alejo começou bem a última etapa do WCT, avançando direto para o terceiro round. Na estreia, ele superou o brasileiro Filipe Toledo e o norte-americano Nat Young, tirando um 9.17 em sua melhor onda.

Apesar de ter Slater como adversário na briga pelo título, Medina tem como maior ameaça o tricampeão, Mick Fanning. Segundo colocado no ranking mundial, o australiano precisa vencer a etapa e torcer para que o brasileiro não alcance a final para garantir o tetra.

Programado para começar no último sábado, o terceiro round foi adiado por quatro vezes seguidas. Na última terça-feira, a Associação dos Surfistas Profissionais (ASP) decidiu pelo adiamento por conta das ondas fracas do mar de Pipeline. A previsão é de que as baterias voltem a ocorrer na quinta-feira.

No entanto, mais uma chamada será realizada nesta quarta, às 15h30 (de Brasília). A diretoria da entidade acredita que em dois dias cheios de competição seja possível concluir a etapa e definir o novo campeão do WCT.

Confira as baterias do terceiro round da etapa decisiva do Pipe Masters:


1) John John Florence (HAV) x Adam Melling (AUS)
2) Owen Wright (AUS) x Fred Patacchia (HAV)
3) Michel Bourez (TAH) x Matt Wilkinson (AUS)
4) Josh Kerr (AUS) x Jadson André (BRA)
5) Miguel Pupo (BRA) x Filipe Toledo (BRA)
6) Gabriel Medina (BRA) x Dusty Payne (HAV)
7) Kolohe Andino (EUA) x Julian Wilson (AUS)
8) Bede Durbidge (AUS) x Adrian Buchan (AUS)
9) Mick Fanning (AUS) x Jeremy Flores (FRA)
10) Joel Parkinson (AUS) x Sebastien Zietz (HAV)
11) Nat Young (EUA) x Kai Otton (AUS)
12) Kelly Slater (EUA) x Alejo Muniz (BRA) 

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