(Gaspar Nóbrega/COB)
Gaspar Nóbrega/COB
Chegou o grande dia. Na madrugada deste domingo (6), a 1h30 (de Brasília), a Seleção Brasileira Feminina de vôlei disputa a medalha de ouro contra os Estados Unidos, na Arena Ariake. Caso saia vitorioso, o Brasil subirá ao lugar mais alto do pódio pela terceira vez na história da modalidade nas Olimpíadas.
O encontro entre brasileiras e americanas em momentos decisivos dos Jogos Olímpicos não é novidade. Esta será a terceira ocasião em que Brasil e Estados Unidos decidirão uma final olímpica, e a vantagem é toda brasileira. Os dois países estiveram frente a frente nas decisões de Pequim, em 2008, e de Londres, em 2012, com vitória verde e amarela em ambas.
As equipes também decidiram o bronze em duas edições das Olimpíadas. Nos Jogos de Barcelona, em 1992, as americanas ficaram com o terceiro lugar. Em Sydney, na edição de 2000, foi a vez de as brasileiras subirem ao pódio.
O Brasil chega à final após uma perda importante de última hora. A oposta Tandara teve detectada em seus exames a substância ostarina, que é proibida. Com isso, a atleta foi suspensa temporariamente e deixou o Japão ainda na última sexta-feira (6), depois da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) notificar o Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
Após a partida contra a Coreia do Sul, o técnico José Roberto Guimarães avaliou a perda repentina de uma de suas atletas de maneira surpreendente e falou sobre como a questão teve que ser trabalhada para que não afetasse o desempenho do restante do grupo na reta final da competição.
“A gente tinha uma causa para lutar. Uma medalha, representando um país, 220 milhões de pessoas, e temos que focar nisso. Vamos jogar por ela e correr por ela. Depois do jogo a gente pensa e chora, sente a ausência dela. Mas no momento não temos tempo. Vamos absorver isso rápido e fazer o que temos que fazer. Todas se juntaram, falaram sobre isso e assimilaram”, explicou.
Caminho até a final
Enquanto os EUA perderam um jogo na fase classificatória do grupo B, para a Rússia, o Brasil chega invicto à decisão. A seleção comandada por José Roberto Guimarães liderou a chave A e passou por Rússia e Coreia do Sul antes da final.
As americanas lideraram o grupo B e passaram por República Dominicana e Sérvia até avançarem à final.