(AIZAR RALDES/AFP)
Com cinco títulos mundiais, mais que a soma de todos os outros nove países da América do Sul juntos, o Brasil não fez parte da rota do recém-eleito presidente da Fifa, o italiano Gianni Infantino, que passou esta semana pela região.
Com a CBF envolvida diretamente no escândalo de corrupção na Fifa, o cartola parece ter usado como estratégia evitar passar pelo país que organizou a última Copa do Mundo, em 2014, e vai sediar a Olimpíada em agosto. Desde segunda-feira, ele foi ao Paraguai, Uruguai, Bolívia e Colômbia.
Com os bolivianos, inclusive, Infantino participou de um jogo festivo, que incluiu até o presidente do país, Evo Morales. Do lado do mandatário da Fifa estiveram o brasileiro Cafu e o espanhol Hierro. O time de Morales contou com os ex-atletas colombianos que disputaram a Copa de 1994.
No país, o presidente da Fifa falou sobre os escândalos que marcaram o mandato do antecessor, Joseph Blatter. Segundo ele, não existe “fórmula mágica” para superar a crise e a imagem manchada da instituição.
“A fórmula é o trabalho, a paixão e a alegria. Temos que trabalhar de maneira transparente, muito aberta, muito profissional”, garante Infantino.
Ainda segundo o cartola, a Fifa investirá quase 1,5 bilhão de dólares (R$ 5,3 bilhões) em prol do desenvolvimento do futebol mundial. “Não podemos mudar o passado, mas podemos influenciar o futuro”, completa Gianni.
Copa de 2030
Apesar de também não ter visitado a Argentina, país de Messi, melhor jogador do mundo, o italiano não se esqueceu dos hermanos. No Uruguai, conversou com o presidente local, Tabaré Vázquez, sobre a intenção dos dois países de sediarem o Mundial de 2030.
Em crise em campo, pois é sexto colocado nas Eliminatórias para a Copa de 2018, e com o descrédito da CBF, parece que o Brasil deixou de ser prioridade até na própria “cozinha”. (Com agências)