(Washington Alves)
Foram necessários quase 40 minutos de espera para que o técnico Deivid se encaminhasse para a coletiva de imprensa. A demora criou expectativa e criação de previsão negativa sobre o futuro do comandante no cargo. Mas, no meio do clima ruim pós-eliminação, Deivid avisou que não recebeu nenhuma ordem e, portanto, segue como treinador da Raposa.
"Ainda não me reuni não, todas as vezes que acaba o jogo, a gente fica na salinha conversando sobre o jogo e ainda sou o treinador do Cruzeiro. Até que venha uma ordem lá de cima... Então eu estou tranquilo, me doei, tentei fazer o resultado com os jogadores, mas não deu", afirmou o jovem chefe da comissão técnica.
O treinador celeste teve de ouvir xingamentos de parte da torcida azul durante o empate em 0 a 0 para o América. Gritos de "burro" e pedidos de demissão. Até o presidente Gilvan de Pinho Tavares foi alvo de críticas do público. A eliminação no Mineiro assim foi interpretada pelo técnico da Raposa.
"Se encerra um ciclo (no Mineiro). Não tem que ter mentira no futebol. Depois de sair de uma competição, ficamos chateados, pois trabalhamos e terminamos a primeira fase bem, e depois sai de uma forma que você joga bem o primeiro temo e não consegue tirar a diferença. Vem a chateação dos jogadores, mas temos que levantar. Não é a primeira vez que isso acontece. Já ganharam e ja perderam. O fim não é aqui. Está só começando.O mais importante é você trabalhar sem perder a convicção e acreditar sempre", disse.
Deivid ainda respondeu se seria capaz de entregar o cargo frente aos resultados indesejados pela diretoria e pela torcida do Cruzeiro.
"Se a diretoria entender que eu tenho que ficar, eu vou ficar e trabalhar da mesma forma, chegando 8 horas da manhã e saindo as 8h. Não irei me acovardar. O mundo não acaba aqui, os grandes campeões se constroem em uma derrota, não em uma vitória", completou.