(Flávio Tavares / Hoje em Dia)
Um é paranaense e veio de Foz do Iguaçu para acompanhar a partida histórica. O outro mora no interior de São Paulo e também não queria ficar de fora. Tem ainda aquele que é deficiente visual, mas não perde um jogo do Atlético. Não podia faltar também a tradicional Massa Alvinegra de Belo Horizonte e região, que está sempre ao lado do Galo.
O estádio Independência começou a ganhar a emoção da final que já entrou para a galeria de Atlético e Cruzeiro. Como apenas torcedores alvinegros terão acesso ao estádio, o preto e branco pintou o Horto desde o fim da tarde desta quarta-feira (12).
“Eu não enxergo há 15 anos, mas sinto todas as vibrações e emoções do jogo. Sofro junto. Mas estou confiante”, diz o bancário Cláudio Riovette, de 43 anos, ao lado da filha Luiza Rioquete, que não perde um jogo do Atlético em Belo Horizonte. Com um radinho de pilha no ouvido e muita paixão, está sempre no Independência para empurrar o Galo.
O dentista Paulo Sérgio de Carvalho, 45 anos, foi um dos primeiros a chegar ao local do jogão. “Estamos aqui desde as 15 horas”, conta ao lado do filho Geovane Moura, de 13, que é corintiano, mas nesta quarta-feira resolveu dar uma força para o time que desclassificou o seu Timão querido no mata-mata da competição. Os dois saíram de Vinhedo, no interior de São Paulo, na manhã de hoje apenas para acompanhar o clássico.
Mais de longe ainda veio o casal Alexandre Placido, de 41 anos, e Leandra Placido, de 37. Ele é natural de Foz do Iguaçu, mas começou a torcer para o Atlético desde a época do lendário atacante Reinaldo. Natural de Santa Catarina, ela torcia para o internacional, até ser contagiada pela paixão alvinegra. “Nem sei quantos quilometros de distâncias nós estamos de Foz, mas acompanhar o Galo assim bem de perto não tem alegria maior. Faz 20 anos que eu não via um jogo do Atlético ao vivo. Estou vivendo um sonho”, resumiu Alexandre.