Problema maior: comparado aos 19 outros clubes da Série A, ataque do Cruzeiro é pior do que a defesa

Alexandre Simões
Hoje em Dia - Belo Horizonte
06/07/2017 às 21:37.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:25
 (Washington Alves/Lightpress)

(Washington Alves/Lightpress)

Os seis gols sofridos pelo Cruzeiro nos últimos dois jogos transformaram a defesa do time, principalmente a dupla de zaga, formada por Caicedo e Léo, no alvo principal dos torcedores, revoltados com a oscilação da equipe de Mano Menezes dentro das partidas.

E muito mais que da torcida, o histórico recente deve estar tirando o sono do técnico cruzeirense. Sua competência para armar sistemas defensivos é tão grande, que ele tem aluno brilhando neste Brasileiro justamente por causa do que aprendeu com ele.

Auxiliar de Mano Menezes nos tempos em que trabalharam juntos no Corinthians, Fábio Carille, que comanda atualmente o Timão, líder disparado da Série A, revelou numa entrevista, este ano, que aprendeu a armar defesas com o treinador cruzeirense.

A análise dos números da defesa do Cruzeiro neste Brasileirão, e a comparação com o desempenho dos outros 19 clubes, mostram que o ataque é um problema maior.
Apenas sete times tomaram menos gols que o Cruzeiro na edição deste ano da competição.
Por outro lado, 12 equipes balançaram mais as redes adversárias que os comandados de Mano Menezes. Na média, o Cruzeiro faz apenas um gol por jogo e sofre 1,09. 

HISTÓRICO

uando o desempenho defensivo do Cruzeiro é comparado com os números de Mano Menezes na Série A do Campeonato Brasileiro, fica evidente que o problema maior do time está longe de ser a retaguarda.

O treinador cruzeirense já treinou quatro clubes diferentes em nove edições da Série A, numa história que se inicia em 2006, quando ele surgiu nacionalmente comandando o Grêmio.

A média atual de gols sofridos (1,09) não é um ponto fora da curva na história de Mano Menezes no Campeonato Brasileiro. Muito pelo contrário. É inclusive menor que a média histórico, que é de 1,11, pois as suas equipes sofreram 256 gols em 229 jogos. No terceiro lugar alcançado com o Grêmio em 2006, por exemplo, o tricolor gaúcho sofreu 45 gols, média de 1,18.

Em 2010, quando ele deixou o Corinthians para assumir a Seleção Brasileira, no lugar de Dunga, demitido após a Copa do Mundo da África do Sul, o time paulista liderava o Campeonato Brasileiro com os mesmos 12 gols sofridos em 11 rodadas que o Cruzeiro tem agora.

Não há como esconder que o desempenho da defesa cruzeirense tem deixado muito a desejar nas últimas partidas. Mas uma produção ofensiva mais eficiente do time, que tem apenas o 13º ataque da Série A do Campeonato Brasileiro, ajudaria a tirar o Cruzeiro da parte de baixo da tabela de classificação.

ESCALAÇÃO

Mano Menezes tem hoje o terceiro dia de trabalho para tentar cumprir no domingo, diante do Palmeiras, às 16h, no Mineirão, a promessa de que seu time não sofrerá três gols, embora os números mostrem que balançar a rede adversária seja um problema maior para o Cruzeiro. Editoria de arte

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