Punido pela Fifa, chefão asiático entrega cargos no futebol

Agência Estado
17/12/2012 às 15:59.
Atualizado em 21/11/2021 às 19:41

A Fifa divulgou comunicado oficial nesta segunda-feira (17) para confirmar que Mohamed bin Hammam, membro do Comitê Executivo da entidade e presidente da Confederação Asiática de Futebol, pediu demissão de todos os seus cargos no esporte mais popular do mundo. O órgão destacou que o pedido tem efeito imediato e garantiu que nunca mais o dirigente poderá voltar a exercer qualquer função em organismos futebolísticos.

A entidade que controla o futebol mundial revelou que recebeu uma carta de demissão de Bin Hammam no último sábado, depois de a Comitê de Ética da Fifa ter anunciado, no último dia 6, que concluiu as investigações sobre o dirigente, acusado de desviar recursos da Confederação Asiática de Futebol. Naquela ocasião, ele ficou inabilitado de forma cautelar de participar de qualquer atividade envolvendo o futebol.

Anteriormente, o dirigente teve uma suspensão vitalícia do esporte, imposta pela Fifa, que foi derrubada pela Corte Arbitral do Esporte em julho. Ele havia sido punido após ser acusado de subornar eleitores caribenhos durante a sua campanha para a presidência da Fifa. Depois da revelação do escândalo, o catariano desistiu de concorrer ao cargo pouco antes do pleito que reelegeu Joseph Blatter para mais um mandato.

Essa nova suspensão vitalícia de Bin Hammam se baseia no informe final de Michael J. Garcia, presidente da câmara de investigação do Comitê de Ética da Fifa, segundo o qual foram constatadas violações seguidas ao artigo 19 (conflito de interesses) do novo Código de Ética da entidade. Ele foi condenado por irregularidades cometidas entre 2008 e 2011, que acabaram justificando a inabilitação definitiva do dirigente para assumir qualquer cargo no futebol.

Bin Hammam começou a ser investigado pela Fifa após uma denúncia do secretário-geral da Concacaf, o norte-americano Chuck Blazer. Ele acusou o dirigente de ter dado dinheiro em troca de apoio político a seis cartolas com direito a voto na última eleição para a presidência da Fifa.

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