Quênia recebe prazo e terá que se ajustar ao código da Wada até 5 de abril

Estadao Conteudo
23/02/2016 às 10:54.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:32

O Quênia tem até 5 de abril para estar em linha com as regras globais de combate ao uso de substâncias proibidas ou poderá ser declarado fora de conformidade com a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês), um passo em direção a uma possível proibição da participação dos seus atletas na Olimpíada.

O país já perdeu neste mês um prazo para aprovar uma legislação antidoping, além de configurar e garantir o financiamento para a sua nova agência. Os últimos projetos de regulação apresentados pela Agência Antidoping do Quênia ainda não estão em conformidade com o código antidoping mundial, disse a Wada em um comunicado.

Assim, o país do Leste da África será agora avaliado por uma comissão independente em 5 de abril, quando "considerações serão dadas sobre uma possível recomendação de não cumprimento", disse a Wada. Essa comissão fará sua recomendação ao conselho da agência, que tomará uma decisão final sobre o status do Quênia na sua reunião de 12 de maio, podendo descredenciar o país.

Declarar o Quênia fora de conformidade pode fazer seus atletas perderem os Jogos Olímpicos do Rio. Anteriormente, o presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês), Sebastian Coe, disse que poderia considerar a possibilidade de suspender o país em caso de violação das regras antidoping.

A IAAF suspendeu a Rússia depois de um relatório da Wada declarar que o país não estava em conformidade com o seu código, que sucedeu a revelação de um escândalo de incluía o encobrimento de casos de doping.

Na última segunda-feira, o Comitê de Ética da IAAF anunciou a suspensão provisória de Isaac Mwangi, ex-diretor-executivo da Federação de Atletismo do Quênia, por 180 dias. Ele é acusado de pedir suborno para reduzir suspensão por doping de atletas do país. Na semana passada, Mwangi pediu uma licença de 21 dias do cargo.

As investigações da IAAF já provocaram as suspensões do presidente da federação queniana, Isaiah Kiplagat, do vice-presidente, David Okeyo, e do ex-tesoureiro, Joseph Kinyua. Além disso, mais de 40 atletas do país testaram positivo em exames antidoping desde a Olimpíada de Londres.
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