(Bruno Cantini/Atlético)
O celular de Levir Culpi, que tocou na última coletiva de imprensa após a derrota para o Grêmio, serve de ilustração. No Atlético, é hora de despertar e sair da crise. Só o lanterna Paraná teve desempenho pior que o Galo nas últimas cinco rodadas do Brasileirão.
São três derrotas seguidas com o novo treinador, além de um empate e um tropeço na reta final de Thiago Larghi. O Atlético não vence desde setembro, quando fez 5 a 2 no Sport, e agora terá o líder Palmeiras pela frente, no Horto, no domingo.
“O Atlético já esteve na ponta do campeonato, mas se desfez de jogadores, alguns machucaram e o time desequilibrou. Trocou o comando técnico (...) Estamos apanhando, poderíamos ter resultados melhores”, avaliou Levir.
Com apenas um ponto conquistado nos últimos 15 disputados, a única certeza atleticana é de não correr risco de rebaixamento, pois o desempenho recente deixa a sensação de que o Atlético está com um pé fora do G-6. Tem a mesma pontuação do Santos, que também perdeu na última rodada, além de poder ser ultrapassado pelo vencedor de Atlético-PR x Cruzeiro que jogam no próximo sábado, em Curitiba.
A Raposa, campeã da Copa do Brasil, não é uma ameaça à vaga na Libertadores. O Atlético-PR também pode ficar nesta situação, mas só se vencer a Sul-Americana, onde encara o Fluminense pela semifinal nesta quarta-feira.
Neste período da “quina maldita”, o Atlético não só mudou de treinador, mas também demitiu o diretor de futebol Alexandre Gallo para, no segundo ano consecutivo, passar o bastão para mãos interinas. O apelo, outra vez, está no apoio da torcida. Foi assim no discurso de Marques, quando assumiu na semana passada, e agora com o jovem lateral-direito Emerson, escolhido pelo clube para falar ontem ao lado de Chará.
“A torcida tem todo o direito de protestar. Mas queria pedir a eles para apoiar. Não está sendo um momento fácil para a gente também. Sentimos muito. Então, quanto mais pessoas estiverem ao nosso lado, mais fácil será para sair dessa situação. Porque se eles torcem juntos com a gente, se não vaiam, nos ajudam muito. E podemos sair dessa situação tranquilamente, se eles fecharem com a gente”, afirmou.
ALTERNATIVAS
Levir Culpi deu oportunidade para Terans ser titular no último sábado. Porém, o uruguaio teve atuação ruim. Uma das tentativas de corrigir a ladeira abaixo que o Atlético se encontra é mudar peças do time. O treinador terá seis partidas para encontrar o time ideal não só para 2018, mas já pensando na próxima temporada.
“É um período de remontagem de elenco para o ano que vem, mas ainda temos que buscar essa Libertadores”, completou Levir.