Ao contrário do que disse na semana passada o ministro do Esporte e Turismo britânico, Hugh Robertson, o governo do Reino Unido concedeu isenção fiscal ao Comitê Olímpico Internacional (COI) para a realização dos Jogos de Londres.
Os benefícios foram concedidos a não residentes no Reino Unido que participaram da Olimpíada deste ano, trabalhando ou como atletas, e o governo britânico esclareceu que as isenções são uma "condição" do COI para todas as cidades que desejam sediar os Jogos.
Na última quinta-feira, durante a entrevista coletiva de abertura do seminário de troca de experiências entre os governos britânico e brasileiro, realizado no Rio, Robertson havia afirmado: "Não demos isenção fiscal nenhuma para o COI".
Mas o Consulado Geral Britânico no Rio confirmou as isenções: "Não proporcionaram nenhum custo para o Reino Unido (RU) e, sem elas, o RU não conseguiria ter vencido a candidatura para receber os Jogos".
A informação é confirmada também no site do Her Majesty's Revenue and Customs, departamento não ministerial do governo britânico responsável pela coleta de impostos, o equivalente à Receita Federal no Brasil.
Até a realização da Olimpíada de 2016, o Brasil deve abrir mão de cerca de R$ 3,8 bilhões em impostos. Medida provisória em tramitação no Congresso prevê isenção de nove impostos que incidem sobre a importação de bens, mercadorias e serviços e que deveriam ser pagos por empresas contratadas pelo COI e pelo Comitê Organizador dos Jogos do Rio. Haverá também isenção municipal, como o ISS (Imposto Sobre Serviços), e estadual, com o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
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