Em julgamento realizado nesta terça-feira, a Justiça boliviana rejeitou o pedido de liberdade provisória aos 12 torcedores corintianos que estão presos em Oruro desde o dia 21 de fevereiro, acusados pela morte de Kevin Beltrán Espada, de 14 anos. As investigações prosseguem e, de acordo com as leis da Bolívia, a prisão preventiva pode durar até seis meses.
A apelação dos corintianos foi negada depois de três adiamentos da audiência do caso. A previsão inicial era de que o recurso fosse julgado no dia 27 de fevereiro, uma semana após a morte de Kevin, mas uma greve geral em Oruro, provocada pela mudança do nome do aeroporto da cidade, paralisou o Judiciário por dois dias.
Na última quarta-feira o motivo do adiamento foi porque um dos juízes não poderia participar do julgamento. E, na sexta, a justificativa dada pela fiscal de investigação Abigail Saba, responsável pelo caso, foi de que ela não trabalharia porque era o Dia Internacional da Mulher.
Antes da audiência do caso, torcedores das principais organizadas do Corinthians fizeram um protesto no início desta tarde desta terça-feira, em frente ao Consulado da Bolívia, na Avenida Paulista, em São Paulo, com o objetivo de pressionar a Justiça boliviana a aceitar o recurso.
Cerca de 150 pessoas participaram da manifestação, organizada por Gaviões da Fiel, Pavilhão 9 e Camisa 12. Eles ocuparam uma das faixas da Paulista, no sentido do bairro Paraíso, e ficaram próximos ao Masp.
Munidos com bandeiras e faixas, chegaram a cantar o hino do Corinthians e proferiram gritos de guerra, como "Queremos liberdade", assim como gritaram o nome de cada um dos 12 torcedores presos na Bolívia, sendo nove deles da Gaviões e três da Pavilhão Nove. Familiares de torcedores presos também estiveram presentes no protesto desta terça.
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