(Bruno Haddad/Cruzeiro)
Reintegrado ao elenco do Cruzeiro, após estar perto de se transferir para o CSA, Marcinho terá uma nova chance de pôr fim a uma lista de meias que não se firmaram na Raposa nos últimos 18 meses. A maioria, inclusive, já deixou o clube estrelado.
Sem espaço com o técnico Felipe Conceição, o jogador ficou de fora até do banco de reservas dos últimos jogos, e já estava treinando em separado do restante do elenco.
Entretanto, a contratação do diretor de futebol Rodrigo Pastana, então dirigente do CSA e responsável pela tentativa de levar o jogador para Maceió, criou uma reviravolta na situação do meia na Raposa, e vai voltar a treinar com o restante do grupo nos próximos dias.
Com a confiança de Pastana, o jogador ganhou uma nova oportunidade de mostrar que pode ser útil à equipe estrelada na Série B.
A informação sobre a reintegração de Marcinho foi divulgada inicialmente pela rádio Itatiaia e confirmada pelo Hoje em Dia.
Tentativas frustradas
Desde o início da temporada passada, outros seis nomes foram testados como armadores no time celeste, mas nenhum conseguiu sucesso.
O primeiro deles foi Everton Felipe, contratado em fevereiro de 2020, com a bagagem de ter atuado por importantes clubes do futebol brasileiro, como São Paulo, Sport e Athletico-PR.
Entretanto, com atuações apagadas, Everton atuou em apenas nove jogos pela equipe estrelada, não marcou gols, e deixou o clube durante parada do calendário do futebol pela pandemia de Coronavírus.
Maurício
Solução caseira, Maurício, apesar de não ser um autêntico camisa 10, foi escalado diversas vezes como armador.
Após oscilar durante a temporada, assim como a maior parte da equipe, se transferiu para o Internacional em novembro, em uma negociação que trouxe o atacante William Pottker para a Toca da Raposa II.
Pelo time principal do Cruzeiro foram 41 jogos, entre 2019 e 2020, com seis gols marcados.
O clube estrelado ainda mantém uma porcentagem dos direitos econômicos do promissor meia-atacante de 19 anos.
Régis
Outra tentativa buscada pela diretoria celeste para comandar o meio-campo foi Régis. Contratado em abril de 2020, a pedido do técnico Enderson Moreira, o jogador foi outro que não se firmou, apresentando apenas alguns lampejos de bom futebol pelos azuis.
Alternando entre o time titular e o reserva, Régis disputou 29 jogos e marcou três gols pelo Cruzeiro. Deixou o clube estrelado antes mesmo do fim do Campeonato Brasileiro da Série B.
Marquinhos Gabriel
Quem também brevemente foi escalado no meio-campo da Raposa no ano passado foi Marquinhos Gabriel. Remanescente do rebaixamento à Série B no ano anterior, o jogador voltou ao clube celeste durante o Brasileiro.
Acionado em quatro jogos, teve atuações discretas, e foi outro que deixou a Toca II antes do encerramento da disputa.
Giovanni Piccolomo
Giovanni Piccolomo chegou à Raposa em setembro de 2020, quando o clube estava impedido de registrar jogadores, em razão de uma punição imposta pela Fifa.
Após aguardar quase dois meses para estrear, e conviver com um excesso de peso, revelado pelo próprio técnico Felipão na época, chegou a ter uma sequência de jogos na reta final da Série B.
Entretanto, as atuações não convenceram a comissão técnica contratada para esta temporada, liderada pelo treinador Felipe Conceição, que decidiu que o jogador não fazia parte dos planos para 2021, mesmo com contrato em vigor.
Giovanni deixou a Raposa com dez jogos disputados, nenhum gol.
Claudinho
Mesmo em grave situação financeira, o Cruzeiro, com a ajuda de parceiros do clube, pagou R$3 milhões para tirar Claudinho da Ferroviária-SP, em julho do ano passado.
Entretanto, apesar da expectativa criada, o meia de 20 anos ainda não decolou na Raposa.
Até o momento, são 22 jogos disputados, sendo oito nesta temporada e nenhum gol marcado.
Em vários jogos da temporada, sequer foi relacionado para o banco de reservas.
Marcinho
Contratado no início da temporada, após boas partidas pelo Sampaio Corrêa na última Série B, o jogador chegou com status de titular, mas pouco rendeu.
Atuou em 12 jogos, marcou um gol, e teve atuações apagadas na maioria das vezes que foi acionado.
Nos primeiros jogos pela Série B, e no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil, o jogador ficou de fora até mesmo do banco de reservas, em uma clara demonstração de que já não contava com muito prestígio junto ao técnico Felipe Conceição.
Conceição, assim como seu antecessor, viu na formação com três volantes uma alternativa para a baixa efetividade dos meias do elenco desde o início de 2020.
Com esse cenário, já treinando em separado do restante do elenco, a transferência para outra equipe era considerada questão de tempo.
Todavia, a chegada de Pastana deu novo rumo à história do jogador, que agora terá nova chance de encerrar a lista recente de meias que não conseguiram render com a camisa estrelada.