Relembre 10 fatos que marcaram a segunda passagem de Felipão no comando do Cruzeiro

Lucas Borges
@lucaslborges91
25/01/2021 às 15:02.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:00
 (Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

(Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

A segunda passagem de Felipão no comando do Cruzeiro se encerrou nesta segunda-feira (25). Após 21 jogos, sendo 20 à beira do campo, Luiz Felipe Scolari obteve nove vitórias, oito empates e quatro derrotas, alcançando o principal objetivo traçado por ele desde que voltou à Toca da Raposa II: livrar o time celeste do rebaixamento.

Durante os pouco mais de três meses em que esteve à frente da equipe, Felipão experimentou sensações distintas.  

Relembre 10 fatos que marcaram a segunda passem de Felipão pelo Cruzeiro

Chegada com esperança

Na vice-lanterna da Série B, com apenas 12 pontos em 15 jogos, Felipão topou substituir Ney Franco, após o Cruzeiro ter sido rejeitado por outros treinadores, como Lisca, Umberto Louzer e Marcelo Chamusca.

A chegada de um treinador com a bagagem de Scolari deu novo ânimo aos jogadores e ao torcedor celeste, que passaram a vislumbrar dias melhores, depois do insucesso de outros três treinadores na temporada.

Estreia sofrida

A reestreia de Felipão na beira do gramado foi no dia 20 de outubro, diante do Operário-PR, em Ponta Grossa, pela 17ª rodada da Série B.

Em um jogo muito disputado, cercado de tensão, a Raposa arrancou a vitória por 1 a 0, com um gol marcado por Arthur Caíke, já aos 39 minutos do segundo tempo, encerrando um jejum de quatro jogos sem vencer na competição.

Reação imediata

Com quatro vitórias e três empates, a Raposa deixou à penúltima colocação e subiu para a 15ª, abrindo sete pontos de vantagem para o primeiro time dentro da zona de rebaixamento.

“Quem disse que eu tô sozinho?”

No dia 21 de novembro do ano passado, o departamento de marketing do Cruzeiro lançou uma campanha para aumentar o número de sócios-torcedores, utilizando Felipão como garoto-propaganda.

Na campanha intitulada “Quem disse que eu tô sozinho?”, o treinador aparece em um vídeo repetindo essa frase, tentando convencer os torcedores a se associarem.

Vitórias sobre os líderes e esperança

Vitórias fora de casa sobre Chapecoense e América, líder e vice-líder da Série B, respectivamente, criaram a expectativa de que a equipe poderia alçar voos maiores no torneio.

A primeira, e até então única goleada da Raposa no campeonato, por 4 a 1 sobre o Brasil de Pelotas, com direito a um golaço de Rafael Sóbis, do meio-de-campo, ascenderam ainda mais a esperança de que time poderia chegar ao G-4.

Tropeços em casa e “dura realidade”

Entretanto, tropeços em casa contra Confiança, CSA, Cuiabá e Oeste, impediram o Cruzeiro de efetivamente se aproximar do grupo dos quatro primeiros. Isso nunca aconteceu durante a Série B.

Com esse cenário, Scolari, que mesmo nos melhores momentos freava a empolgação, reforçava a todo momento que o principal objetivo da Raposa no torneio era evitar o rebaixamento.

Saída de Brunoro incomoda

Um dos responsáveis por convencer Felipão a aceitar a proposta do Cruzeiro, José Carlos Brunoro, então consultor de planejamento e estratégia, deixou o Cruzeiro rumo ao Coritiba, no final de dezembro de 2020.

A saída do executivo, que percebeu que não haveria dinheiro para tocar o projeto do clube na próxima temporada, também despertou tal insegurança em Felipão. Este passou a duvidar das perspectivas da Raposa para os próximos meses.

Insatisfação

A insatisfação do treinador, e também dos jogadores e funcionários do clube, aumentaram à medida que os atrasos salariais não eram sanados. Recentemente o clube estrelado estava com dois meses e meio da folha, além do 13º salário, em aberto.

Um mês foi quitado aos colaboradores do administrativo, e um vale de R$20 mil foi pago a cada jogador e membro da comissão técnica. Mesmo cuidadoso com as palavras, o experiente comandante deixou claro, em várias entrevistas, sua insatisfação em relação aos vencimentos.

Missão cumprida

Em meio ao cenário conturbado durante toda a Série B, o Cruzeiro cumpriu a meta estipulada pelo técnico, de permanecer na Série A, com três rodada de antecipação. A salvação do rebaixamento ficou de bom tamanho, tamanha a oscilação, dentro e fora de campo.

Despedida melancólica

Com a Raposa matematicamente salva da Série C, as atenções no clube se voltaram para a definição sobre a permanência de Scolari.

A proximidade do início da próxima temporada, que terá o time celeste estreando no dia 28 de fevereiro, contra o Uberlândia, pelo Campeonato Mineiro, aumenta ainda mais a necessidade de ser bater o martelo sobre questões do futebol com urgência.

Um dia após o empate em 0 a 0 com o Náutico, saiu o desfecho. Com pouco mais de três meses de trabalho na Raposa, o treinador decidiu, em comum acordo com a diretoria, encerrar o vínculo, antes mesmo do último jogo da Série B.

Com uma nota protocolar, ambas as partes comunicaram o fim de um casamento, que tinha previsão de durar muito mais. 

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