Se o brasiliense Felipe Nasr pretende anunciar neste fim de semana de GP do Brasil, em Interlagos, seus planos para 2017, é bom fazê-lo logo, porque as opções para permanecer na Fórmula 1 estão se esgotando. Com a vaga na Force India praticamente encaminhada para o francês Esteban Ocon, protegido da Mercedes; a confirmação da Renault de que o britânico Jolyon Palmer continuará no time e formará dupla com o alemão Nico Hulkenberg e os insistentes rumores de que Kevin Magnussen assinará com a Haas, restam ao brasileiro as hipóteses de seguir na Sauber ou de ir para a Manor, equipe com o menor orçamento no circo.
Como se não bastasse, mesmo um acordo para estender o contrato com seu atual time não será fácil, já que a lista de candidatos ao cockpit cresce a cada dia. Atual companheiro de Nasr, o sueco Marcus Ericsson conta com a força dos investidores suecos que ajudaram a escuderia suíça a sair da situação pré-falimentar. Se perder o posto na Haas, o mexicano Esteban Gutiérrez também passa a enxergar o retorno à Sauber, pela qual estreou, como única alternativa de seguir na categoria, e a Ferrari não descarta negociar a efetivação de seu piloto de testes Charles Leclerc (que já testou este ano com a Haas) em troca de um desconto no fornecimento dos motores. Outros que trabalham para voltar ou estrear na categoria são o indonésio Rio Haryanto, que andou este ano na Manor, até perder o posto para Ocon; o britânico Jordan King (filho de um dos principais sócios do time inglês); o italiano Antonio Giovinazzi, vice-líder da GP2 e o russo Sergei Sirotkin.
No caso de Nasr, empresariado pelo ex-piloto britânico Steve Robertson (que também administra a carreira de Kimi Räikkönen), muito da permanência na F-1 depende da renovação do acordo de patrocínio com o Banco do Brasil, que lhe garantiu o posto na Sauber nas duas últimas temporadas – o valor é estimado entre US$ 20 e 25 milhões/ano. As mudanças no comando do banco estatal atrasaram as negociações, o que fez com que o prazo dado pela Force India para um acordo se esgotasse sem sucesso. Com a grave situação financeira do time suíço, que só agora começa a ter o futuro assegurado graças aos novos controladores, Nasr e Ericsson não conseguiram pontuar este ano e a Sauber ocupa o último posto no Mundial de Construtores.