Encontro na ALMG reúne representantes de torcidas, do Cruzeiro e da Minas Arena para tratar da retirada de cadeiras no estádio
(Ricardo Bastos/Arquivo Hoje em Dia)
A proposta de reimplantação da geral no Mineirão, em Belo Horizonte, será tema de debate nesta quinta-feira (29), às 14h, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O setor, caracterizado por espaços sem cadeiras e com ingressos de menor valor, existia em diversos estádios brasileiros até as reformas para a Copa do Mundo de 2014.
No Gigante da Pampulha, a retirada da geral ocorreu durante as obras de modernização. Desde então, torcidas organizada vêm defendendo o retorno do formato. De acordo com manifesto apresentado pelo Movimento Amarelo Sem Cadeiras, a retirada das cadeiras do setor amarelo, tanto inferior quanto superior, do estádio é uma demanda recorrente da torcida do Cruzeiro desde 2014. O documento afirma que o objetivo é adaptar o estádio à cultura local de torcida, citando experiências já adotadas em arenas como a Fonte Nova, na Bahia.
O movimento aponta que entre os benefícios da medida estão o aumento da capacidade do estádio em cerca de um terço, redução nos custos de manutenção, eliminação de acidentes relacionados a quedas ou quebras de cadeiras, além de maior liberdade para a manifestação das torcidas. O manifesto também sugere que a mudança poderia possibilitar uma redução nos preços dos ingressos.
Desde 2024, o Movimento Amarelo Sem Cadeiras tem promovido ações como manifestações no entorno do estádio, faixas em jogos do Cruzeiro e divulgação de materiais em redes sociais. Também foi elaborado um dossiê reunindo experiências de outros estádios e dados técnicos, entregue a parlamentares e lideranças ligadas ao futebol.
A audiência pública para debater o tema na ALMG foi solicitado pelo deputado Professor Cleiton (PV). A diretora da Minas Arena, Jacqueline Alves, confirmou presença, assim como o diretor de Marketing e Comercial do Cruzeiro, Marcone Barbosa de Andrade. Também estará presente o diretor regional da Associação Nacional das Torcidas Organizadas (Anatorgd) em Minas Gerais, Bruno Patrício Pereira.
Participam ainda o presidente da Associação Mineira de Engenharia de Incêndio (Amei), Gustavo Antonio da Silva, e dois dos autores do manifesto, Éric Andrade Rezende, geógrafo da Prefeitura de Contagem, e o analista social Diogo Henrique Silva.
Projeto quer liberar ainda mais setores sem as cadeiras (Divulgação/Mineirão)
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