(Carlos Cruz)
Crescer na base do Atlético, chegar ao profissional, vestir a camisa 10, chegar à Seleção Brasileira de base. Enfrentar momentos difíceis com o time e, mesmo com alguns belos gols, lances e assistências, não se firmar no clube e ter que rodar por outras equipes, buscando amadurecimento e reconhecimento. São as coincidências nas carreiras de dois jogadores: Tchô e Renan Oliveira.
Atualmente no América, os dois jogadores disputam a camisa 10, que um dia vestiram no Galo. Mais maduros, ajudam o time comandado por Givanildo Oliveira a fazer uma boa campanha na Série B do Campeonato Brasileiro. Para ambos, jogar juntos, assim como aconteceu no Galo, em 2009, quando eram comandados por Celso Roth, e na vitória por 3 a 0 contra a Ponte Preta, pelo Coelho, seria um grande prazer.
“Eu e o Renan nos entendemos muito bem dentro de campo. Apesar de termos características semelhantes, conseguimos realizar outras funções”, disse Tchô. Desde que ele chegou ao América, já marcou oito gols em 22 partidas.
Amigos na vida particular, os dois aproveitam as folgas para levar as esposas ao teatro, ao shopping, e de vez em quando aproveitam o descanso para fazer um churrasco. Mais experiente, a dupla acredita que, nos tempos de Atlético, o que mais atrapalhou foi a necessidade imediata de entrar e ser a solução dos problemas do time.
“A gente tinha que entrar para resolver. O que os jogadores mais consagrados não davam conta era função dos garotos da base. Isso nos dificultou bastante”, disse Tchô, de 27 anos.
“Sem desmerecer os garotos que subiram atualmente no Galo, acho que hoje eles encontram um time mais qualificado, com jogadores acostumados a ganhar títulos, e também um clube mais organizado, com uma Libertadores conquistada recentemente”, acrescentou Renan, de 24, que já fez 11 jogos pelo Coelho, marcando um gol.
Com características semelhantes dentro e fora de campo, Tchô e Renan respondem juntos quando perguntados sobre o maior objetivo na carreira: “Queremos levar o América para a Série A”.
Mais um meia que saiu do rival
Outro jogador do América que veste a camisa 10, e que também começou a carreira no Atlético, é Mancini. Se recuperando de contusão no departamento médico do Coelho, o meia, titular do time comandado por Givanildo Oliveira antes de se lesionar, teve boas passagens pela Seleção Brasileira e por grandes clubes da Europa, como Roma, Internazionale e Milan, da Itália. Em 2011, Mancini voltou à Cidade do Galo, mas não teve o mesmo sucesso.
Acabou emprestado ao Bahia. Antes de chegar ao América, ele defendeu as cores do Villa Nova, de Nova Lima.