(Bruno Hadadd/Cruzeiro)
Em 7 de dezembro de 2014 Marcelo Moreno tinha vestido pela última vez a camisa do Cruzeiro. No mesmo Mineirão onde ele marcou um golaço, o da virada, num 2 a 1 sobre o Fluminense, pela última rodada do Campeonato Brasileiro daquele ano, ele fez sua terceira estreia pelo clube celeste neste domingo, diante do Uberlândia, pela sétima rodada do Módulo I do Campeonato Mineiro.
E ficaram evidentes as diferenças entre o que foi sua segunda passagem pela Toca da Raposa II, há cinco temporadas, e o que aguarda o agora camisa 9 neste 2020.Bruno Hadadd/CruzeiroO garoto Pedro Bicalho reverencia Marcelo Moreno após receber dele assistência para abrir o placar para o Cruzeiro no jogo deste domingo, contra o Uberlândia, no Mineirão, pela sétima rodada do Mineiro
Em dezembro de 2014, o Cruzeiro fazia a festa pela conquista do bicampeonato brasileiro em sequência, algo que fora do eixo Rio-São Paulo só o Internacional, de Falcão e companhia, tinha conseguido, em 1975 e 1976.
Agora, o Brasileirão que Marcelo Moreno disputará é o da Série B, pois a Raposa foi rebaixada no ano passado e viverá a experiência pela primeira vez em sua quase centenária história.
Há pouco mais de cinco anos, o Flecheiro Azul integrou um ataque em que tinha como companheiros Everton Ribeiro, Ricardo Goulart e Willian. Era um dos principais, senão o principal, quarteto ofensivo do Brasil.
Neste domingo, ele era a referência para um setor ofensivo extremamente jovem, que tem como maior nome o garoto Maurício, de apenas 18 anos e que até o ano que vem ainda poderá defender o sub-20 cruzeirense.
Público
Até o ambiente era diferente. Por mais que o Cruzeiro á fosse bicampeão brasileiro por antecipação, naquele 7 de dezembro de 2014 o Mineirão recebeu 45.804 pagantes. Neste domingo, cerca de um terço daquele público foi ao Gigante da Pampulha.
A reverência do garoto Pedro Bicalho a Marcelo Moreno, após receber dele a assistência para abrir o placar logo aos dez minutos, ilustra bem o que viverá o centroavante nesta terceira passagem pelo Cruzeiro.
Ele, que era revelação em 2008 e 2009, e coadjuvante em 2014, pois o brilho ofensivo era todo de Everton Ribeiro e Ricardo Goulart, vive a partir deste domingo o protagonismo. O que isso significa? “Vamo aguardá”, como diria seu comandante Adilson Batista.
A única certeza é de que ele precisará de paciência, pois as dificuldades serão muitas, já que a falta de qualidade do time cruzeirense é uma barreira. E isso ficou marcado pela falta de chances de finalização que Marcelo Moreno teve em sua reestreia.