(Divulgação/Máfia Azul)
Uma confusão que parece não ter fim assola o Cruzeiro. O episódio envolvendo o atacante Riascos - a polêmica declaração do jogador após a derrota para o Fluminense – desencadeou conflitos que geram vários estragos nos bastidores da Raposa desde o último domingo (17). Controvérsia de opiniões entre o diretor de futebol Thiago Scuro e o presidente Gilvan de Pinho Tavares, invasão de torcedores organizados à Toca II e até pitaco de ex-presidente via rede social inflamam a segunda-feira (18) cruzeirense.
Depois de o diretor de futebol Thiago Scuro dar entrevista e praticamente selar o fim da passagem do colombiano na Toca II, o presidente Gilvan de Pinho Tavares mudou o discurso e admite não dispensar o avante. Em visita à sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nesta segunda, o mandatário celeste mostrou discordância com a fala de Scuro e com a interpretação que muitos fizeram com a entrevista de Riascos à Rádio Itatiaia.
“Eu não concordei com aquilo não. Acho que tem que ser revisto. Não achei que foi daquele jeito não. As pessoas às vezes não falam a mesma língua, falam língua diferente, são mal interpretadas. Preciso conversar direito com ele. Lógico que pode (decisão de punir severamente o atleta) ser revista. Ele é um ativo financeiro do Cruzeiro, investimos nele”, comentou Gilvan, que sequer havia falado com Scuro antes da entrevista do diretor sobre a declaração de Riascos.
No Rio de Janeiro desde domingo, Gilvan de Pinho Tavares ainda “foi obrigado” a acompanhar de longe a invasão de membros da Máfia Azul, maior organizada do Cruzeiro, à Toca da Raposa II. A “visita”, segundo um membro da torcida, aconteceu para que houvesse uma “conversa com os jogadores”
“Hoje nós vamos entrar para conversar com os jogadores, porque não dá não. O Riascos vai ao Rio e faz uma palhaçada daquela. Não vamos agredir ninguém, nem bater em ninguém. Queremos explicação. Para o Riascos sair daqui e fazer aquela besteira no Rio, alguma coisa aconteceu. Vamos conversar. Não quebramos nada, está tudo intacto, vamos conversar com os jogadores. Isso aqui está uma palhaçada. Véi (sic). Vasco é Segunda Divisão, cara querer jogar em Vasco, rapaz. Está de sacanagem com nós (sic). Tem uns aí fazendo corpo mole, não estão colocando o pé na bola e vamos conversar. Queremos explicação, estamos disputando a Copa do Brasil e se quarta-feira perder, vamos voltar. Somos torcida, viajamos 40, 50 horas atrás do Cruzeiro”, disse um dos membros da Máfia Azul em entrevista na porta do CT celeste.
Não bastasse todo esse entrevero, o ex-presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella, usou sua conta particular no Twitter para colocar ainda mais lenha na fogueira. Querendo retornar ao posto que foi seu entre 1995 e 2002, 2009 e 2011, o atual senador da República relembrou um episódio ainda quando dirigia o clube, para opinar sobre o caso Riascos.
Por muito menos afastei o Edmundo”, disse.