Riquelme quer acertar até 2014 para ser ídolo do Palmeiras

Gazeta Press
21/01/2013 às 08:23.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:49

Em sua última noite como presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone fez questão de ligar para o "Mesa Redonda", da "TV Gazeta". O dirigente deu detalhes do acordo que estabeleceu com Riquelme na sexta-feira, quando esteve em Buenos Aires, e adiantou não só que atingiu a pedida salarial do argentino, mas também a vontade do meia de 34 anos, que solicitou um contrato até o fim de 2014.

"São dois anos de contrato por vontade dele. Ele disse: 'Vou jogar a Série B com tudo e depois não vou atuar na Série A'. Por isso, fizemos dois anos de contrato com opção de mais um. Ele é um atleta que demonstrou vontade de jogar no Palmeiras. Disse que quer ser um ídolo do Palmeiras", afirmou Tirone, que diz esperar somente detalhes burocráticos para anunciar o ex-jogador do Boca Juniors.

"Agora só falta a parte jurídica. A financeira já está acertada. Quando acertamos os valores, falamos o seguinte para ele: 'Vamos passar agora para o advogado para acertar a parte contratual de imagem e salário'. Ele entendeu que eu ficaria no cargo até segunda-feira", comentou, admitindo que existe a chance de o veterano desfazer o acordo.

"Não temos garantia de assinatura de contrato com o Riquelme, pode ser que ele desista na última hora. E eu também não posso ficar de braços cruzados, esperando as coisas acontecerem. O Palmeiras precisa de ídolos. Não renovamos com o Assunção, que era um ídolo, e os patrocinadores querem grandes jogadores. Todo mundo ganha com isso", projetou, cogitando que Décio Perin ou Paulo Nobre, candidatos à presidência, concordam com ele.

"Meu mandato se expirará amanhã (segunda-feira, 21), então não posso ficar parado. Fico aqui ouvindo opiniões de todas as pessoas, umas favoráveis e outras contrárias. O que estou tentando fazer é não deixar o clube parado nesse tempo. Se o futuro presidente achar que não deve contratar o Riquelme, ele que não faça, mas acho que vão querer o Riquelme", apostou.

Em relação ao Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) do clube, que com a conivência do Conselho Deliberativo e do próprio Tirone ganhou poder de veto a contratações até esta segunda-feira, o presidente avisa que conseguiu viabilizar recursos para pagar Riquelme.

"Dispensamos 19 jogadores, há uma economia mensal acima de R$ 1 milhão. E o Riquelme viria pelo valor de salário apenas. Economizamos de um lado com os dispensados para vencer do outro com o Riquelme", apontou, ressaltando até a boa forma física do jogador que não entra em campo desde 4 de julho.

"É um jogador que atuou na Libertadores, e não foi por causa do Riquelme que o Boca Juniors não passou do Corinthians. É um jogador que atuou tanto tempo no Boca e na seleção argentina. Estive com ele e vi que está magro, bem fisicamente", elogiou Arnaldo Tirone.

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