(Ricardo Bastos/Hoje em Dia)
A queda de braço entre Cruzeiro e Atlético, envolvendo o clássico de abertura do novo Mineirão, com torcida única, ainda está longe de um ponto final.
O Cruzeiro só aceita que o confronto de debute do Campeonato Mineiro, dia 3 de fevereiro, seja com duas torcidas, se o Atlético se comprometer formalmente a mandar um possível duelo na final do Estadual também no Gigante da Pampulha.
A diretoria alvinegra, por sua vez, promete estudar a possibilidade, mas vai se basear pelo aspecto financeiro.
Em contrapartida, as duas equipes já teriam acertado a divisão de renda no confronto. Pelo menos se seguirem o que determina o regulamento da competição estadual.
No documento, o duelo válido pela fase preliminar prevê que a renda líquida seja dividida com 60% para o vencedor e 40% para o perdedor. Em caso de empate, o montante será dividido em 50% para cada.
No entanto, como mandante, o Cruzeiro tem a opção de mudar esse termo. A definição deve ocorrer em reunião entre os dois clubes e a Federação Mineira de Futebol, provavelmente em janeiro. Mas, por se tratar dos rivais mineiros, o acordo não deve ser tão fácil.
A FMF adiantou que acatará o que for decidido entre os dois clubes. Porém, o Cruzeiro terá que cumprir o regulamento e liberar os 10% dos ingressos para a torcida do Atlético.
“Seja onde for, essa regra tem de ser levada em conta. Está no regulamento. Se não houver acordo entre os clubes, que eles cumpram a lei. Essa é a posição da FMF”, afirma Rodrigo Diniz, secretário-geral e assessor jurídico da entidade.
Indefinição
O imbróglio sobre o clássico com torcida única surgiu na reunião do Conselho Arbitral do Campeonato Mineiro na Federação Mineira de Futebol (FMF), realizada em novembro. Na ocasião, o Atlético não definiu o local onde mandaria o confronto, em uma possível semifinal ou final.