Rivalidade no basquete vira parceria: Ginástico e Olímpico unidos pelo NBB

Felippe Drummond Neto - Hoje em Dia
08/08/2015 às 09:18.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:16
 (Flávio Tavares / Hoje em Dia)

(Flávio Tavares / Hoje em Dia)

Quem já escutou histórias de rivalidade entre clubes de bairro de Belo Horizonte sabe que, apesar de praticamente vizinhos – três quarteirões de distância –, Ginástico e Olympico sempre foram concorrentes, principalmente no basquete. A rivalidade, porém, deu espaço para que os dois clubes se unissem para representar Minas Gerais na Liga Ouro, competição que acontece em janeiro e vale vaga no Novo Basquete Brasil (NBB).

Apresentado nesta sexta-feira (7), o Ginástico/Olympico é um projeto sem investidor. “Queremos chegar à elite. Nosso projeto vai crescer e acredito que parceiros serão incorporados com o passar dos meses. Montamos uma equipe forte, mas com o investimento de muito pé no chão, sem loucuras”, destaca o presidente do Ginástico, Márcio Tibo.

Pela parceria, o Ginástico arca com os salários do técnico Jefferson Teixeira e dos jogadores. Já o Olympico entra com a infraestrutura, cedendo o ginásio para treinos e jogos, além do uniforme.

Formado por atletas jovens e experientes, com passagens pela Seleção Brasileira e clubes de ponta do basquete, como Flamengo, Fluminense, Palmeiras e Brasília, a expectativa é resgatar o passado vitorioso dos times que, juntos, somam 14 títulos mineiros – 13 do Ginástico e um do Olympico –, além de uma Copa Centro-Oeste.

Para isso, Jefferson Teixeira conta com os jogadores Fred e Lucas Avelino (armadores), Luzinho e Alisson (ala/armadores), Perez e Adib (alas), Vanderson e Alírio (alas/pivôs) e Cleiton e Lacerda (pivôs). O clube ainda pode receber o reforço do ala Fernando Mineiro, que começou a carreira no clube.

“Quem ganha com isso é o basquete mineiro, que irá contar com a união de clubes de tradição, que fazem um trabalho brilhante nas categorias de base. Não tenho dúvidas de que essa união vai dar certo e que será mantida por um bom tempo”, opina Jéfferson Teixeira.

Desafio

Principal destaque da equipe, o ala/pivô Alírio, ex- Brasília, espera muito trabalho para alcançar o objetivo. “É um desafio diferente na minha carreira. Sempre joguei por equipes brigando para conquistar os principais títulos do país e até internacionais. Mas é um grande projeto que visa recolocar o time na elite do basquete nacional, quase 20 anos após a última participação da equipe”.

A derradeira participação do Ginástico na elite do basquete nacional foi em 1997, quando terminou em penúltimo lugar no Campeonato Nacional. Nesta volta, além da Liga Ouro, o Ginástico/Olympico disputará o Estadual, que começa em outubro, e um torneio amistoso em Brasília, que terá a participação do San Lorenzo, da Argentina.

 “É importante a volta de um clube formador como o Ginástico. Minas Gerais não pode ter só um time no NBB. Acredito que esse grupo vai ganhar o título da Liga Ouro e o acesso ao NBB” Gersão - ex-jogador do Ginástico e da seleção brasileira

Com passagens por grandes clubes do país, Alírio é referência do time mineiro (Foto: Flávio Tavares/Hoje em Dia)

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