(FRANÇOIS XAVIER MARIT/AFP)
A lista definitiva de atletas russos autorizados a participar dos Jogos Olímpicos do Rio não dependerá apenas da orientação das federações das diferentes modalidades.
A comissão executiva do Comitê Olímpico Internacional (COI) criou um grupo extraordinário composto pelo presidente da Federação Internacional de Tiro com Arco, o turco Ugur Erdener; a ex-esgrimista alemã Claudia Bokel e o espanhol Juan Antonio Samaranch, filho do ex-presidente do COI de mesmo nome, que analisará caso a caso e terá a última palavra nas situações ainda pendentes.
A promessa é de que até a manhã de sexta-feira, dia da cerimônia de abertura, a composição final da delegação russa seja oficializada.
Alguns dos atletas impedidos de competir por não respeitar os critérios estabelecidos pelo COI – estar livres de resultados positivos em exames antidoping nos últimos dois anos e não integrar o “Relatório McLaren”, investigação independente feita a pedido da Agência Mundial Antidoping (Wada) –, ainda tentam obter a liberação para brigar por medalhas no Brasil.
Depois de Vladmir Morozov e Nikita Lobintsev, dois dos principais expoentes da natação russa, ontem foi a vez de a também nadadora Yuliya Efimova, tricampeã mundial, recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS) que, pela primeira vez na história, terá um tribunal extraordinário montado em uma sede olímpica.
Dos 387 atletas classificados inicialmente, 121 foram impedidos de defender a Rússia nos Jogos do Rio, com destaque para todo o time de atletismo.
Um dos principais destaques do grupo, a bicampeã olímpica do salto com vara Yelena Isinbayeva confirmou que virá ao Brasil como uma das dirigentes da delegação de seu país.
A saltadora, que pretendia se aposentar depois da participação nos Jogos do Rio, planeja apresentar seu nome para a comissão de atletas do COI, que tem influência direta na tomada de decisões da entidade.
Conduta
O COI confirmou ainda a criação da Unidade Integrada de Inteligência, com a missão principal de identificar situações que ameacem os valores e a integridade dos Jogos. Com o apoio da Interpol e da Polícia Federal, agentes vão monitorar comportamentos suspeitos de atletas e técnicos – especialmente no que diz respeito à ação de apostadores e a manipulação de resultados.