(Vinnicius Silva/Cruzeiro)
A saída do vice-presidente de futebol Itair Machado nesta quinta-feira (10) é um sinal de que a gestão Wagner Pires de Sá no Cruzeiro acabou. A queda do último escudeiro do presidente celeste determina novos tempos no clube, que passará a ser comandado, provavelmente já neste mês, por um comitê gestor formado por três ou cinco conselheiros. Os nomes ainda estão sendo escolhidos entre o grupo que integra a oposição. Mas uma decisão importante já está tomada.
Segundo uma fonte ouvida pelo Hoje em Dia, que participou das reuniões que aconteceram nesta quinta-feira, vários integrantes da direção do Cruzeiro e que recebem algum tipo de remuneração serão demitidos.
A medida é uma maneira de acabar com a influência dentro do clube de Sérgio Nonato, ex-diretor geral e que pediu demissão do cargo na semana passada, e de Itair Machado, demitido nesta quinta-feira (10) como parte do processo da saída de Wagner Pires de Sá, que será afastado da presidência no próximo dia 21, quando o Conselho Deliberativo se reúne.
Esta medida deve atingir até mesmo o futebol, com Marcelo Djian que também não tem a permanência garantida no cargo. Além disso, os novos profissionais que forem ocupar os cargos entrarão com salários mais baixos, dentro da nova realidade que o clube será obrigado a viver.
Uma questão que vem sendo costurada é o fato de os dois vices eleitos de Wagner Pires, Hermínio Lemos e Ronaldo Granata, não concordam com seus afastamentos, pois garantem que não cometeram nenhuma irregularidade e que não podem ser afastados dos cargos para o qual foram eleitos.
A convocação do presidente do Conselho Deliberativo, Zezé Perrella, prevê a votação do afastamento de toda a diretoria eleita em outubro de 2017. Para se evitar mais brigas políticas, está sendo procurada uma saída para se resolver essa questão.