Os protestos da torcida do Santos contra Paulo Henrique Ganso não aconteceram apenas na Vila Belmiro, onde a equipe foi derrotada por 3 a 1 pelo Bahia, na noite de quarta-feira, em partida válida pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro. Após o jogo, torcedores também expuseram a ira do jogador na saída do estádio e também no CT Rei Pelé, o que assustou Ganso.
Dentro da Vila Belmiro, o jogador já havia sido alvo de gritos de "mercenário", "fora, Ganso", além de uma "chuva de moedas". E os protestos continuaram fora do estádio. Na saída dos jogadores do vestiários, o santista voltou a ser xingado e ameaçado.
Já no CT do clube, para onde os jogadores foram levados após a partida, Ganso também foi alvo de protestos. O jogador, que tem segurança particular, ficou assustado com a manifestação. Por isso, demorou bem mais tempo do que o normal para deixar o local, temeroso pela sua segurança.
Durante a madrugada, o muro do CT do Santos, que expõem imagens de jogadores e momentos históricos do clube, foi pichado com a inscrição "fora, Ganso", além de um cifrão, em uma suposta alegação de que o jogador seria mercenário.
O clube ainda não se pronunciou oficialmente sobre os protestos, apesar do técnico Muricy Ramalho e de jogadores terem saído em defesa de Ganso após o jogo contra o Bahia, e também não comentou se poderá reforçar a segurança do seu meia.
A crise entre Santos e Ganso não é recente, mas se intensificou nos últimos dias, após o São Paulo revelar interesse na contratação do jogador. Em uma entrevista, o jogador declarou que "seria um prazer" atuar pelo clube do Morumbi, o que irritou dirigentes e torcedores.
A diretoria interpretou como um declaração de que ele desejava mudar de time e soltou uma nota oficial em que criticava o jogador, o que pode ter contribuído para inflamar os ânimos da torcida do Santos. Como o meia está assustado, os protestos podem influenciá-lo a deixar o time.
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