Maior medalhista olímpico brasileiro, Robert Scheidt voltou a fazer história neste sábado. Mesmo depois de oito anos competindo em outra classe (Star), ele foi campeão do Mundial da Laser, na raia de Mussanah, em Omã. E comemorou muito a conquista, chegando a colocar esse título acima de tantos outros que ganhou na vitoriosa carreira na vela.
"Talvez seja o título mais especial da minha carreira, pela volta à Laser após oito anos de ausência e por estar num momento diferente da minha vida", afirmou Scheidt, que já tem 40 anos, idade muito superior à maioria dos velejadores com quem competiu em Omã. Além disso, foi seu primeiro Mundial na classe depois de ficar tanto tempo na Star.
"Hoje meus maiores incentivadores são minha esposa e meus filhos. Retornar à Laser aos 40 anos, idade elevada para a classe, e superar competidores bem mais novos e muito fortes é uma honra. Ainda não sei qual é o meu limite, mas estou muito feliz em levar mais esse título para o Brasil e quero muito disputar a Olimpíada de 2016 em casa", avisou.
Scheidt voltou para a Laser justamente por causa da Olimpíada do Rio, já que a Star deixou o programa olímpico. E comprovou em Omã que continua sendo dominante na classe. Ele liderou boa parte do Mundial e ainda venceu a última regata, disputada neste sábado. "Liderei de ponta a ponta, foi uma regata excelente", revelou o velejador brasileiro.
Foi o 10º título mundial de Scheidt na Laser (sem contar o que ele conquistou ainda como juvenil), classe em que também tem três medalhas olímpicas (prata em Sydney/2000 e ouro em Atlanta/1996 e Atenas/2004). Na Star, sempre ao lado de Bruno Prada, foram mais três títulos mundiais e dois pódios olímpicos (prata em Pequim/2008 e bronze em Londres/2012).
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