Schettino corre risco de ser afastado novamente da FMF

Seis meses após ser cassado e conseguir reverter a decisão no mesmo dia, o presidente da Federação Mineira de Futebol (FMF), Paulo Schettino, pode ser afastado mais uma vez do cargo. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou provimento ao recurso que mantinha o cartola à frente da entidade, e a previsão é a de que a decisão seja publicada nesta terça-feira (26).

A ação que resultou no afastamento de Schettino e de toda a diretoria da FMF foi proposta pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). “Estou aguardando a decisão do juiz, mas acredito que dessa vez não tenha volta. Ainda faltam ser nomeados os dois interventores para exercer as funções de Schettino enquanto não for realizada nova eleição para a ocupação do cargo”, explica o promotor Eduardo Nepomuceno.

Se a decisão for confirmada, Schettino não poderia recorrer em Minas Gerais. Assim, ficaria impossibilitado de obter novo efeito suspensivo no TJMG, anulando a cassação. “Está decisão é em segunda instância e praticamente vai definir o processo, porque ele não poderá recorrer aqui. Normalmente, quando a decisão vai para Brasília, acaba sendo mantida”, esclarece o promotor.

Segundo a assessoria da FMF, a entidade ainda não foi notificada oficialmente. Porém, caso a decisão da nova cassação seja publicada, e os interventores escolhidos, o presidente deixará o cargo, como fez em maio deste ano. Posteriormente, tentará recorrer.

Novela

O imbróglio teve início em agosto de 2011, quando Schettino convocou assembleia geral para alterar o estatuto da FMF, prorrogando seu mandato até o fim de 2014. Inicialmente, a gestão deveria se encerrar em dezembro do ano passado.

Em setembro de 2012, o Ministério Público ingressou ação questionando a legalidade da mudança do estatuto. Após várias movimentações nos tribunais, o TJMG decidiu pelo afastamento de Schettino, em 16 maio deste ano. Por meio de liminar, o dirigente conseguiu voltar ao cargo no mesmo dia.