Segundona do Mineiro: Nem o médico apareceu para ver

Desorganizada, mal programada e desinteressante para o público. Encarar a Segunda Divisão do Campeonato Mineiro – que, na verdade, equivale à Terceira – é um verdadeiro martírio para os clubes participantes.

Em uma quarta-feira decisiva na retal final Brasileirão, e às vésperas do retorno de Kaká à Seleção Brasileira, a competição retomou suas atividades na última quarta-feira (10), após três semanas paralisada por conta de um imbróglio judicial.

Em campo, União Luziense e Ituiutabana abriram a segunda fase do torneio, no estádio da Frimisa, em Santa Luzia. O duelo ficou empatado em 1 a 1, mas, mais uma vez, o jogo ficou marcado foram pelas trapalhadas fora das quatro linhas.

Amadorismo

Se não bastasse o inusitado horário de 15h para a partida em plena quarta-feira, o jogo quase não aconteceu por falta de médico, algo inimaginável no futebol profissional.

As duas equipes já estavam em campo aguardando o apito inicial, mas o médico que havia sido “escalado” teve um problema de última hora e acabou “desfalcando” o confronto. O corre-corre em busca do substituto, então, foi generalizado.

Até mesmo os jogadores dos dois times brincavam com a situação inusitada. “Pega um torcedor aí na arquibancada e inventa um CRM”, ironizou um atleta do União Luziense. Somente 25 minutos depois do programado, apareceu um outro médico.

“Estava no meu consultório atendendo e eles me ligaram de última hora”, relata o ortopedista Vinícius Augusto, que chegou totalmente “perdido” ao estádio. “Que jogo está acontecendo? É válido por qual campeonato?”, perguntava.

A bola volta a rolar hoje pela Segundona, às 15h, com a partida entre Coimbra e Democrata-SL. Curiosamente, quase no mesmo horário do amistoso entre Brasil e Iraque.