Seleção americana masculina de basquete se diz atenta para não falhar no Rio-2016

Estadão Conteúdo
05/08/2016 às 08:24.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:10
 (Reprodução/ ESPN)

(Reprodução/ ESPN)

Os maiores favoritos à medalha de ouro em esportes coletivos, curiosamente, estão com medo de zebras nos Jogos do Rio. A seleção masculina de basquete dos Estados Unidos começou a treinar no Brasil preocupada com os jogadores da NBA que se desenvolveram jogando junto com a estrelas da versão 2016 do Dream Team.

A estreia da equipe será neste sábado, contra a China. O confronto mais esperado da fase de grupos será contra a Sérvia, vice-campeã mundial em 2014, em 12 de agosto.

Medalhistas 14 vezes em 17 participações nos Jogos, os americanos trouxeram ao Rio um elenco longe do ideal. Estrelas como Stephen Curry, Russell Westbrook, James Harden e LeBron James não puderam vir. As baixas fazem o elenco de 12 jogadores ter somente dois remanescentes do ouro em 2012: Kevin Durant e Carmelo Anthony.“Cerca de 20% da NBA é formada por jogadores estrangeiros. Então, temos que tratar com respeito essa competição”, disse o técnico Mike Krzyzewski.

O novato Kyle Lowry afirmou que a presença de estreantes em Olimpíada ajuda no bom rendimento. “Como a maioria nunca esteve nos Jogos, sinto que há muita vontade de buscar o ouro”, comentou.

Os americanos chegaram na quarta-feira de manhã e iniciaram as atividades somente no dia seguinte. A equipe fez um treino na Arena Carioca e, à tarde, liberou os jogadores para entrevistas no Parque Olímpico. Todos demonstraram ser bastante atenciosos e procuraram se sentar durante as entrevistas para minimizar a grande diferença de altura e facilitar o contato visual nas conversas.

Um dos mais procurados foi Anthony. O jogador vai disputar pela quarta vez os Jogos e disse saber quanto é mais doloroso para os EUA voltarem para casa sem o ouro. “Sei como o resto do mundo vê o basquete americano. Em 2004, senti como é estar no lado ruim, mas já também experimentei o topo. Meu objetivo é liderar o time nessa jornada”, disse o ala do New York Knicks.

O fracasso citado pelo jogador foi o bronze em Atenas. A derrota na semifinal, seguida dois anos depois por outro terceiro lugar no Mundial, mexeu com os brios. Os episódios são lembrados como um alerta para não se acomodar.

Diretor da seleção, Jerry Colangelo assumiu o cargo em 2006 e explicou que a equipe chega ao Rio confiante por um trabalho de mudança de mentalidade. “Tivemos de mudar a cultura e mostrar para a comunidade do basquete que todos tinham de nos respeitar”, disse.

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