(Rafael Ribeiro)
Os torcedores brasileiros mais atentos se lembram bem daquela tarde infeliz no dia 17 de julho de 2011, em La Plata, onde a Seleção Brasileira desperdiçou quatro cobranças de pênaltis e deu adeus à Copa América diante do Paraguai, nas quartas de final.
No ano passado, o vexame foi bem maior, na Copa do Mundo, com a impressionante goleada de 7 a 1 para a Alemanha.
Diante desses recentes capítulos que abalaram a história da Seleção pentacampeã do Mundo, pressão é a palavra que melhor define a situação do Brasil neste primeiro compromisso oficial da nova era Dunga. Conquistar o título seria um passo importante para resgatar o prestígio do futebol brasileiro.
Mas parece que só o treinador de estilo turrão ainda não percebeu a dose de importância que esta edição da Copa América ganhou após os últimos fracassos. “Não entendo, em 2007 quando ganhamos a Copa América não era tão importante assim, agora parece que tem o mesmo valor da Copa do Mundo”, reclama Dunga.
Apesar de não dar ao título a verdadeira atenção que ele merece, Dunga já estava ciente de que alguma coisa precisava ser feita para salvar o futebol canarinho. Apostar na renovação foi o primeiro passo.
Apenas oito atletas convocados faziam parte do grupo fracassado de Luiz Felipe Scolari no ano passado. Com o corte de Luiz Gustavo por contusão, são sete na disputa.
O número de mudanças é praticamente o mesmo feito por Mano Menezes na última edição para a Copa América de 2011. Após a perda do Mundial da África do Sul, Mano levou apenas nove atletas que tinham ido com Dunga à África.
O goleiro Jefferson, os zagueiros David Luiz, o lateral Marcelo, o volante Fernandinho, o meia Willian e o atacante Neymar são os únicos remanescentes da Copa 2014 no Brasil.
Campeão da Copa América em 2007, Robinho, 31 anos, é o mais experiente dessa nova turma. Os “mineiros” Éverton Ribeiro e Diego Tardelli fazem parte desta renovação proposta por Dunga.
Desde que reassumiu o comando da Seleção Brasileira no dia 20 de julho do ano passado, contestado pelos torcedores, Dunga alcançou resultados importantes nos amistosos que o credenciaram a chegar à Copa América com certo prestígio.
Entre os times batidos pela equipe, estão Chile, Argentina e Colômbia, adversários diretos na competição sul-americana. Nos amistosos, a nova Seleção Brasileira conseguiu se sair muito bem. Resta saber como será a reação em uma competição oficial. O primeiro desafio será no próximo domingo, dia 14, contra o Peru, em Temuco. O Brasil está no Grupo C, que tem ainda Venezuela e Colômbia.