Seleção Brasileira se apresenta nesta segunda-feira na Granja Comary

Felipe Torres - Hoje em Dia
26/05/2014 às 07:26.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:44
 (Cau Gomez)

(Cau Gomez)

Basta ligar a televisão e esperar por alguns minutos. Certamente, ele não vai demorar a aparecer. Afinal, em ano de Copa do Mundo, sua imagem passou a ser tão explorada na mídia brasileira quanto a do craque Neymar. A explicação é simples: mais que o técnico da Seleção, Luiz Felipe Scolari se tornou uma espécie de “comandante da pátria”, um símbolo de liderança na corrida pelo hexa.

O jeito “marrento” do gaúcho ajuda a construir o rótulo de bravo e exigente, características comuns aos “pais”, no seu caso específico, pai da Família Scolari. E é bom mesmo que Felipão se concentre, a partir de hoje, quando os 23 escolhidos por ele se apresentam na Granja Comary, para o começo dos treinamentos. Não faltará pressão no percurso do Mundial, dentro e fora das quatro linhas.

O desafio do treinador é grande e até os números prometem jogar contra. Na história das Copas, somente um técnico conseguiu a honra de vencer dois torneios. Trata-se do italiano Vittorio Pozzo, que levou a Azzurra às conquistas consecutivas de 1934 e 1938.

Sina canarinho

Entre os brasileiros, alguns nomes tentaram igualar o feito, mas “morreram na praia”. O paulistano Vicente Feola comemorou o primeiro título mundial da Seleção, em 1958, na Suécia. Ele seria o “professor” do bi, com a geração de Pelé e Garrincha. Uma doença, porém, lhe tiraria da disputa e faria com que Aymoré Moreira ganhasse todas as honras no Chile, em 1962.

Carlos Alberto Parreira também teve chance. Um dos protagonistas do tetra, nos Estados Unidos (1994), retornou ao Mundial de 2006, na Alemanha, orientando um time recheado de estrelas. Porém, em campo, o “quadrado mágico”, formado por Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo e Adriano, não funcionou. O Brasil caiu nas quartas, diante da França.

Fiel escudeiro de Parreira, o lendário Zagallo foi quem chegou mais perto de levantar a taça duas vezes. Após orientar o esquadrão do tri, no México, em 1970, o Velho Lobo disputou outra final de Copa, em 1998, na França.

O autor da frase “vocês vão ter que me engolir” só não contava com uma convulsão de Ronaldo, horas antes do confronto, e 90 minutos inspirados do craque francês Zidane. Estava destruída qualquer possibilidade de nova consagração.

Vale lembrar que Telê Santana comandou a Seleção nos Mundiais de 1982 (Espanha) e 1986 (México) sem nenhum sucesso.

Beijinho no ombro

Scolari demonstra muita confiança no Brasil para a Copa em casa, que começa em 12 de junho, contra a Croácia, em São Paulo. Tanto que, se quebrar a escrita e igualar a marca de Pozzo, promete comemorar de uma maneira inusitada. “Sabe como vou responder? Com beijinho no ombro (hit da cantora pop Valesca Popozuda)”, disse o técnico, antes de fazer o gesto em si mesmo, num evento em Atibaia (SP), há um mês.

Além dos croatas, a Seleção pega o México (Fortaleza, em 17 de junho) e Camarões (Brasília, 23 de junho), na primeira fase.

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