Seleção está mais madura após vexame, diz David Luiz

Jamil Chade
14/11/2014 às 12:03.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:01

Uma das referências da seleção brasileira na Copa do Mundo, o zagueiro David Luiz garante que o grupo de jogadores do time atropelado pela Alemanha naquela semifinal "soube refletir" sobre o vexame e está "amadurecido". Mas, questionado pela reportagem sobre se o atual time precisava de psicólogo, foi evasivo e não deu resposta.

"Soubemos refletir, aprender com a Copa", afirmou o defensor. "Estamos amadurecidos e vendo uma nova filosofia. Estou feliz", garantiu. David Luiz está em Viena, onde a seleção fará seu último jogo do ano, contra a Áustria, na próxima terça-feira.

Quando o treinador Dunga assumiu a seleção, um de seus primeiros recados velados foi dado ao zagueiro. Sua popularidade, na visão do técnico, acabava afetando a construção de um grupo na seleção.

Agora, David Luiz é só elogios ao treinador que o manteve no grupo e diz que a própria trajetória de Dunga quando era jogador é um "exemplo". "Ele sempre correu pelo outro. Era um líder e por isso foi capitão do Brasil por tanto tempo", disse. "Dunga nos mostrou o caminho da vitória porque sabe e deu a volta por cima também", destacou.

Apesar de sequência de cinco vitórias em cinco jogos e do fato do time ter sido aplaudido de pé pelos turcos, depois de fazer quatro gols, David Luiz alerta: "Temos de manter os pés no chão".

Entre os jogadores da seleção, porém, todos sabem que Dunga quer terminar o ano com mais uma vitória. "Ele tem essa mentalidade vencedora e quer terminar o ano assim", declarou o goleiro Diego Alves.

Em declarações à reportagem, Claudio Taffarel, um dos homens de confiança do técnico Dunga na seleção, deixa claro os objetivos para esse final de ano. "A meta é a de terminar o ano em alta e, depois em 2015, trabalhar na formação de uma equipe competitiva", explicou. "Queremos começar a apagar o que aconteceu na Copa do Mundo. A impressão que deixamos ao final do Mundial foi triste. Agora, queremos deixar uma última impressão positiva, na esperança de que é a última impressão a que fica", disse.

José Maria Marin, presidente da CBF, também adota o mesmo tom de Taffarel e insiste que apenas as vitórias vão recuperar a imagem do Brasil. "Ganhar de todos e de tudo", disse.
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