A seleção brasileira feminina de polo aquático fez, em Kazan (Rússia), sua mais expressiva campanha em Mundiais. Mas, nesta quarta-feira (5), levou um duro choque de realidade. Na disputa pelo nono lugar, levou 22 a 7 da Hungria e manteve a sina de não conseguir vencer equipes europeias - onde a modalidade é mais bem desenvolvida.
Em 63 partidas em Mundiais, a seleção brasileira feminina obteve apenas 13 vitórias - sendo duas este ano. Dessas, apenas uma foi sobre uma equipe da Europa: a Grã-Bretanha, saco de pancadas do Mundial de 2003. De resto, venceu quatro vezes a Nova Zelândia, três o Casaquistão, duas vezes a África do Sul e outras duas vezes adversários latinos: Venezuela e Porto Rico. Em Kazan, o time venceu Casaquistão e Japão.
A Hungria mostrou, entretanto, que o Brasil segue longe das melhores do mundo. As europeias, bronze no Mundial de Barcelona, em 2013, e quartas colocadas nas últimas duas edições olímpicas, por um gol não bateram o recorde de gols desta edição do Mundial - a Espanha fez 23 a 2 na Nova Zelândia.
Do lado brasileiro, o ataque não funcionou e o time conseguiu efetuar apenas 18 arremessos - contra 35 das rivais. Izabella Chiappini marcou dois gols, assim como a capitão Marina Zablith.
Em Kazan, a seleção feminina do Brasil foi goleada pelos EUA (13 a 2) e pela Itália (15 a 6), mas venceu o Japão (11 a 8) para avançar à fase eliminatória. Ali, perdeu de 10 a 8 para a China. Depois, já no Torneio de Consolação, fez 10 a 5 no Casaquistão.
O Mundial passou a contar com 16 times a partir da edição de 2003, quando o Brasil foi 12.º colocado no feminino. A seleção chegou ao 10.º lugar em 2007, mas terminou em 13.º em 2005 e 2009 e 14.º tanto em 2011 quanto em 2013. Nos Jogos do Rio, fará sua estreia em Olimpíada.
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