No feminino, EUA é atual bicampeão da Copa do Mundo (Divulgação/Federação de futebol dos EUA)
Os EUA venceram o Irã por 1 a 0, avançaram para a fase eliminatória da Copa do Mundo do Catar e vão receber US$ 13 milhões por isso. O curioso é que, por conta de um acordo entre as associações masculina e feminina, esse valor será repartido igualmente entre homens e mulheres. Com isso, as atletas americanas ganharão mais com esse avanço da equipe masculina no Mundial do que faturaram quando foram campeãs do mundo nas últimas duas Copas da categoria.
O acordo entre as seleções feminina e masculina foi divulgado no início de 2022 e prevê divisão igualitária entre os times por todos os tipos de pagamentos, seja patrocínio, transmissão ou premiação, como no caso da Copa. Sendo assim, os US$ 13 milhões do time masculino dos EUA que foram conseguidos pela ida às oitavas de final no Catar serão repartidos em US$ 6.5 milhões para cada equipe.
A seleção feminina americana vai receber mais do que recebeu pelo título das últimas duas Copas do Mundo da categoria. Em 2015, elas receberam US$ 2 milhões, enquanto em 2019 receberam US$ 4 milhões. Somadas as premiações, ainda faltam US$ 500 mil para igualar o que receberão em 2022 com a conquista do time masculino.
As atletas americanas são a principal força do futebol feminino, com quatro títulos da Copa do Mundo, quatro medalhas de ouro em Olimpíadas e nove títulos da Copa Ouro. Por outro lado, a seleção masculina nunca conseguiu ser protagonista, tendo o melhor desempenho em Copas em 1930, com um terceiro lugar.
A diferença de premiação das Copas é uma das principais discussões quando o assunto é igualdade de gênero. Para se ter ideia, só o campeão da Copa do Mundo em 2022 receberá US$ 42 milhões, valor maior do que foi pago para todas as seleções da Copa do Mundo feminina em 2019, quando foram repartidos US$ 30 milhões.
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