(Rafael Ribeiro / CBF)
No último domingo (11), às vésperas do embarque para a disputa do Sul-americano sub-20, no Uruguai, a Seleção Brasileira juvenil assistiu a uma palestra ministrada por Wilson Luiz Seneme, ex-árbitro de futebol e atualmente instrutor da CBF. À pedido do técnico Alexandre Gallo, Seneme foi à Granja Comary para dar recomendações acerca do estilo de arbitragem sul-americano que os atletas encontrarão na competição.
No mesmo dia em que divulgou a lista definitiva de 23 atletas que embarcarão para competir no Uruguai, depois de vitórias contra Friburguense-RJ e Macaé-RJ em jogos-treino, Gallo levou os atletas ao auditório do centro de treinamento para ouvirem as instruções de Seneme, árbitro com experiência em competições internacionais como a Taça Libertadores da América.
“A iniciativa da comissão do Gallo, em conjunto com a CBF, é maravilhosa porque muitos detalhes ocorrem em uma partida, e às vezes perde-se um jogo, perde-se um campeonato por alguma coisa que diz respeito à arbitragem. Trazendo a gente aqui, nós, instrutores da Escola Nacional de Arbitragem, procuramos fechar a janelinha dos eventuais problemas que possam ter no torneio”, comentou Wilson Luiz Seneme.
Pré-selecionado para compor o quadro de árbitros que viria ao Mundial do Brasil, em 2014, Seneme foi cortado de última hora por conta de problemas físicos. A partir daí, decidiu aposentar o apito e se dedicar a arbitragem fora das quatro linhas. “Os temas que abordamos foram o perfil dos árbitros que vão trabalhar no torneio, o perfil da competição, o que envolve uma competição na América do Sul, qual a cultura e as características do futebol latino. Tratamos de alguns temas técnicos também, como simulações e entradas para cartão vermelho”, esclareceu.
Com estreia marcada para quinta-feira, diante do Chile, o Brasil chega nesta segunda ao Uruguai e ainda fará um treino de reconhecimento do gramado para se ambientar. Auxiliar técnico de Gallo, Maurício Copertino reconhece que a “clínica” ministrada por Seneme foi importantíssima para o grupo. “O nível da arbitragem do Sul-americano é diferente da arbitragem nacional, mas acho que os atletas assimilaram de uma maneira tranquila o que eles falaram, inclusive na prática. Com a presença de um árbitro o treino fica ainda mais forte”, reconheceu.