Sem Gareca, argentinos retomam espaço no Palmeiras

Daniel Batista
12/11/2014 às 10:30.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:59

No dia 1º de setembro, Ricardo Gareca deixou o comando do Palmeiras e uma das primeiras perguntas que muitos torcedores fizeram foi: "O que será dos argentinos?". O tempo passou e os quatro indicados pelo ex-treinador (Tobio, Allione, Mouche e Cristaldo) parecem ter sobrevivido bem sem ele e a cada dia ganham mais espaço com o técnico Dorival Júnior.

Tobio é quem parece mais à frente. O zagueiro é titular absoluto ao lado do jovem Nathan e deixa o experiente Lúcio no banco de reservas. "Quando cheguei, tive que passar por uma adaptação, o que é normal. Sinto que meu rendimento dentro de campo melhorou, e também estou me comunicando melhor com meus companheiros", explicou o defensor.

Quanto a Mouche, ele a cada dia ganha mais a simpatia do torcedor e do treinador. Nesta terça-feira, ele deixou o treino com dores no pé e virou dúvida, mas, se tiver condições, tem boas chances de ser titular contra o São Paulo, domingo, às 19h30, no Morumbi, pela 34ª rodada do Brasileirão. Já Allione foi titular contra o Atlético-MG e pode permanecer. Cristaldo, que estava sendo titular, se recupera de uma entorse no tornozelo esquerdo e em breve será outra boa opção para Dorival.

Algo fundamental para eles conseguirem se adaptar rápido ao time, aos companheiros e não serem olhados como estranhos foi o fato de a equipe já ter estrangeiros no elenco. "Valdivia, Victorino, Eguren e Mendieta foram muito importantes para nossa adaptação. Graças a eles, nós conseguimos nos adaptar rápido em relação a língua", contou Allione, que ainda é quem parece sofrer um pouco mais com o idioma. "Meu português já está um pouco melhor. Falo pouco, mas não quero passar vergonha", disse, brincando ao ser questionado se poderia falar em português durante uma entrevista.

Assim que chegaram ao clube, era normal ver o quarteto andando juntos e chegou-se a cogitar no clube que existisse uma disputa entre brasileiros e argentinos no elenco, algo que nunca ocorreu. A questão é que por não conhecerem bem o País e as pessoas do Palmeiras, eles resolveram "se fechar" no início, mas já estão e são tratados como qualquer outro atleta do elenco.

Cristaldo é quem menos tem do que reclamar em relação aos brasileiros. Nos últimos anos, trabalhar com jogadores do Brasil se tornou uma rotina para o atacante. No Metalist, da Ucrânia, de onde veio para o Palmeiras, ele atuou com Marlos, Taison, Rodrigo Moledo, Willian e o ex-palmeirense Cleiton Xavier. No Bologna teve a companhia de Nixon. "Ter argentinos na equipe facilita rapidamente a integração com o grupo, mas também estou acostumado com os brasileiros. Sempre joguei com eles e me dou muito bem", explicou o atacante.
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