Sem patrocínio, Minas já pensa em plano B para time feminino de vôlei

Émile Patrício - Hoje em Dia
15/05/2013 às 10:46.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:42

Se a temporada 2012/13 não foi das melhores, o novo período que se inicia para o time feminino de vôlei do Minas tem tudo para ser ainda pior. O cenário não é dos mais animadores para a tradicional equipe belo-horizontina, que continua sem técnico, sem patrocinador e perdendo as melhores jogadoras. Existe até mesmo a possibilidade de atuar com um grupo juvenil na edição 2013/14.

O clube, sétimo colocado na última Superliga, não teve o contrato renovado com a Usiminas e, até agora, não fechou com novos investidores. Assim, sem a renovação do contrato, as atletas estão se transferindo. A mais recente baixa é a da levantadora Claudinha, que vai defender o Campinas, time que tenta montar uma superequipe para quebrar a hegemonia de Osasco e Rio de Janeiro na competição nacional.

Tanto no time paulista quanto na seleção – Claudinha foi convocada pela primeira vez –, ela será comandada por José Roberto Guimarães. Outra referência do Minas, a líbero Tássia, foi contratada pelo Praia Clube, de Uberlândia, e a central Bárbara, pelo Sesi-SP.

De acordo com a supervisora de Vôlei Feminino do Minas, Patrícia Axer, as esperanças para formar um elenco com grandes nomes são mínimas. “Não estou tão otimista como antes. Já começo a pensar no plano B, que é disputar a Superliga com a equipe juvenil. É difícil conseguir uma empresa disposta a investir R$ 1 milhão ou R$ 2 milhões. Passamos por um momento delicado”, esclarece.

Quanto ao técnico, o nome de Marco Antônio Queiroga, assistente de Luizomar de Moura na seleção brasileira feminina juvenil, tem sido comentado nos bastidores. Ele fez parte da comissão técnica do ex-treinador minas-tenista Jarbas Soares. Ricardo Picinin, ex-Mackenzie e hoje assistente-técnico do time masculino do Minas, é outra possibilidade.

Porém, a gerente argumenta que a diretoria prefere aguardar o desenrolar das negociações em busca de patrocínio para, só então, confirmar o novo nome. “A gente almeja um técnico de fora sim, senão já teríamos efetivado essas opções”, comenta, referindo-se a Queiroga e Picinin.

Campinas se fortalece

Quem promete chegar à próxima temporada ainda mais forte é o Campinas, após conquistar o vice-campeonato paulista e chegar à semifinal da Superliga.

Além de Claudinha, o clube já confirmou a central Angélica (ex-Praia). Na relação das novidades, também estão dois dos nomes mais desejados do mercado, as ponteiras Natália, do Rio de Janeiro, e Tandara, destaque do Sesi, que ainda não foram anunciadas oficialmente.

O técnico Zé Roberto pretende qualificar o time com a experiência de jogadoras com passagem pela seleção. Natália e Tandara chegariam para liderar, ao lado das remanescentes Walewska e Vasileva. Já o Praia é outra equipe que vem se reforçando e teria assinado com a atacante Mari, campeão olímpica em 2008.

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