Sem treinador e em crise, Minas encara o forte Sesi

Felippe Drummond Neto - Hoje em Dia
06/02/2014 às 10:30.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:50
 (Ignácio Costa)

(Ignácio Costa)

Em crise, sem treinador e com uma sequência de três derrotas consecutivas dentro de casa, o Vivo/Minas encara, nesta quinta-feira (6), às 18h30, o Sesi-SP. A partida acontece no ginásio da Vila Leopoldina, na capital paulista, no único jogo do dia pela sétima rodada do returno da Superliga.

Para piorar a situação, o time sedia o Campeonato Sul-Americano de Clubes, entre os dias 19 e 23, e terá que “juntar os cacos” até lá, se quiser brigar pelo título, que vale vaga no Mundial. O argentino Horacio Dileo deixou o comando do grupo na noite de terça-feira, após a derrota para o Montes Claros Vôlei, por 3 sets a 0, na Arena JK. O assistente-técnico Ricardo Picinin assume o cargo interinamente.

“Tomamos um susto com o que aconteceu. O pedido de demissão do Horacio pegou todos de surpresa”, lamenta Picinin. “Porém o grupo sabe que não pode parar para lamentar a perda. Já temos esse jogo complicado de amanhã (hoje) e precisamos reagir o quanto antes”, completa o treinador.

Nova chance

Estar à frente da equipe não é novidade para Picinin. Na temporada passada, ele assumiu a função por um jogo, quando Dileo se ausentou por alguns dias para resolver problemas pessoais na Argentina. E o então auxiliar não desapontou. Liderou o grupo na vitória sobre o Medley/Campinas, por 3 sets a 2, no primeiro duelo das quartas de final da Superliga. Agora terá mais tempo de mostrar serviço e, quem sabe, permanecer no cargo.

Apesar da sequência negativa, os números não são tão assustadores. Tanto que o Minas continua na quinta posição da competição, com 30 pontos. Para o levantador Marcelinho, o momento delicado não se torna obstáculo. “Não temos escolha, precisamos vencer. Perdemos três jogos consecutivos. E o pior, dentro de casa, o que nos atrapalha bastante em termos de posição na tabela. Poderíamos ter subido, estar disputando o terceiro lugar. Agora precisamos nos concentrar no que vem pela frente, a começar pelo Sesi”, avalia.

Capitão da equipe, ele sabe que o time terá dificuldades contra um adversário tão qualificado: vice-líder, com 45 pontos. “É uma equipe forte, com a base da seleção brasileira e que tem poder ofensivo muito grande. Por isso, uma boa recepção é fundamental. É um jogo complicado, mas precisamos voltar a vencer para dar fim à fase ruim”, conclui Marcelinho.

Diretoria do clube corre contra o tempo

“Senti que era o que deveria ser feito. Acho que fiz tudo que podia à frente da equipe. Tomei a decisão por respeito a mim, à diretoria, ao clube e aos jogadores.” Essa foi a explicação do ex-técnico do Vivo/Minas, o argentino Horacio Dileo, que pediu demissão da equipe, após a derrota para o Montes Claros Vôlei, na terça-feira.

Ele não aguentou ver o time conquistar apenas dois pontos de nove nas últimas três rodadas. E decidiu colocar o cargo à disposição da diretoria, que aceitou o desligamento.

“Só tenho que agradecer por tudo que passei. Tive liberdade para trabalhar e o respeito de todos a todo momento. Agora é hora de dar lugar para que outra pessoa conduza o grupo”, lamenta Dileo.

O supervisor de Vôlei Masculino do Minas, José Ricardo Ribeiro, diz que o ex-treinador pegou todos de surpresa. “Não estava nos planos. Hora alguma pensamos em demiti-lo. Foi uma decisão toda do Horacio, mas trabalhamos de uma forma coletiva e temos estrutura para passar por esse momento complicado”, argumenta.

Para a partida desta quinta-feira, contra o Sesi-SP, o time será comandado interinamente pelo assistente-técnico Ricardo Picinin, visto como possível substituto para o cargo de treinador da equipe. Outro nome que tem força nos bastidores é o de Marcelo Fronckowiak, que treinou o Minas até 2012. Atualmente, ele está à frente do RJ Vôlei, equipe que atravessa graves problemas financeiros e, provavelmente, não continuará existindo na próxima temporada. 

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