(Bruno Cantini/Atlético)
Mais de quarenta minutos de apresentação, pronunciamento, respostas à críticas e petições. Sérgio Sette Câmara reapareceu nos microfones para falar da escolha de Marques como sucessor de Alexandre Gallo. Um bom tempo para traçar sobre outros assuntos; entre eles a situação financeira do Atlético, que tem mais de 25 dias de atraso salarial.
Sobre esta questão que atinge o elenco profissional, Sette Câmara olhou para o diretor de finanças do Galo, Carlos Fabel, para dizer que o mês de outubro foi pautado por dificuldades inéditas no quesito "salário atrasado". Mas é um problema com solução em prazo - até 15 dias.
"Estamos com dificuldade para pagar a folha, este mês foi o primeiro de dificuldade. E aqui está o nosso diretor financeiro, Carlos Fabel, pessoa competente, está me ajudando e estamos criando condições de terminar o ano sem atraso. Foi só um momento, que estamos ajustando em dentro de uma semana, uma semana e meia. Muitas vezes operações financeiras demandam certo tempo, garantias...", afirmou o presidente atleticano.
Não pagar salário em dia para os jogadores do Atlético, neste momento, é reflexo de uma temporada pautada pela torneira fechada. Depois de gastos em gestões passadas, com abundâncias de contratações caras - e com resultados no campo (vide 2013 - o Galo está num momento de seca. E endividar-se não é mais uma opção.
"Trabalho duro de colocar o clube na situação financeira razoável. Montar um time sem dinheiro... E o torcedor não quer saber, acha que o clube tem que se endividar. Mas não é mais assim. Se eu não pagar imposto, saio da sede para a Polícia Federal. Pagamos 5 milhões de reais em impostos no mês. Tivemos que fazer acordos importantes esse ano para realizar o grande sonho nosso (estádio)".