Dois dias depois do ataque sofrido à Donbass Arena, o presidente do Shakhtar Donetsk, Rinat Akhmetov, minimizou nesta segunda-feira (25) os danos causados ao estádio da equipe e pediu o fim da guerra na Ucrânia.
"Um edifício afetado, mesmo que seja um como o Donbass Arena, é uma ninharia quando comparado com algo de verdadeiro valor: vidas humanas", afirmou o dirigente. "Se me perguntassem se eu estaria pronto a ver o nosso estádio ser despedaçado em mil pedaços e a perder todos os meus negócios em troca da paz no Donbass, eu concordaria sem hesitar um único segundo".
Além de dar batizar o estádio, Donbass é também o nome de um bairro da cidade de Donetsk, cidade que é considerada o epicentro do conflito no lado leste do país, entre as forças ucranianas e milícias pró-Rússia, que querem a separação da Ucrânia e a união com a Rússia.
O conflito civil alcançou o Shakhtar Donetsk no sábado (23) quando duas bombas atingiram o estádio e causaram sérios danos na fachada e instalações internas do estádio, porém sem afetar a estrutura da arena. "A nossa região caiu em desgraça e se encontra no meio de uma catástrofe humanitária. Estabelecer a paz e salvar o Donbass - eis a tarefa mais importante agora", declarou o dirigente do clube ucraniano.
O Shakhtar, que conta com diversos brasileiros no elenco, entre eles Dentinho e Bernard, foi a manchete dos últimos dias nos principais jornais do país. Por medo dos confrontos, os jogadores se recusavam a retornar ao país nas últimas semanas ao fim do recesso de verão na Europa.
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