A FIFPro (Associação dos Jogadores Profissionais de Futebol) anunciou nesta terça-feira que uma comissão do sindicato irá chegar ao Catar na próxima quinta-feira para o que chama de "reunião emergencial" com autoridades locais e com os organizadores da Copa do Mundo de 2022. Na visita ao país do Oriente Médio, tentará resolver a situação do franco-argelino Zahir Belounis.
O jogador alega que ficou dois anos sem receber salários no Al-Jaish, time local. Mas ele não consegue deixar o Catar porque uma lei local, conhecida como "kafala", exige que o antigo empregador assine o visto de saída do ex-empregado. Como o Al-Jaish está sendo processado pela dívida, se recusa a assinar o visto.
Assim, Belounis alega que está preso no Catar, com mulher e filhos, desde junho de 2012. Agora que o caso repercute na imprensa europeia, a FIFPro decidiu agir. Além de conseguir a liberação de Belounis, a entidade quer garantir que casos como esse não se repitam.
"Como a saga de Zahir Belounis mostra, jogadores que entram em disputa com clubes do Catar podem ser privados de sair do país por causa do sistema de vistos conhecido como kafala. Consequentemente, a FIFPro assume que os jogadores estrangeiros no Catar não podem nunca ter assegurados seus direitos básicos quando entram em litígio com o clube", reclama a entidade.
A FIFPro diz que está seriamente preocupada com as denúncias de violações de direitos humanos na construção dos estádios da Copa do Mundo de 2022. Da mesma forma, a entidade garante que cobrará a abolição da kafala para jogadores.
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