O gol de Ramón Ábila que garantiu a virada do Cruzeiro sobre o Nacional, do Paraguai, na última terça-feira, no Mineirão, pela primeira fase da Copa Sul-Americana, foi só mais uma demonstração da importância dos “matadores” reservas de Raposa e Galo nesta temporada, pois assim como o argentino na Toca II, Rafael Moura é peça de destaque na caminhada do Atlético em 2017 até agora.
Mais que os números, a história de vários confrontos dos dois times nesta temporada foi mudado pela dupla de centroavantes reservas que acumula desempenho de titulares.
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He-Man
O primeiro lugar na fase classificatória do Campeonato Mineiro garantido pelo Atlético com duas rodadas de antecipação teve a participação decisiva de Rafael Moura. Nos momentos mais difíceis do time de Roger Machado nas primeiras nove rodadas, o He-Man entrou em campo e não só marcou gols decisivos como também deu assistências.
Essa trajetória começou logo na terceira rodada, contra o Uberlândia, em 12 de fevereiro, no Independência, quando o Galo correu mais seriamente o risco de perder a liderança para o Cruzeiro.
Rafael Moura entrou em campo aos 23 minutos do segundo tempo, quando o placar era de 0 a 0. Aos 31, aproveitando o rebote de um chute seu, Danilo abriu o placar. Depois, o camisa 13 marcou o segundo. A goleada foi completada por Fred.
Na quinta rodada, nova pedreira. O então ameaçado Democrata-GV fazia um jogo de superação no Mamudão e criava muitos problemas ao Atlético. Novamente aos 23 minutos do segundo tempo, com o placar em 1 a 1, Roger recorreu ao seu centroavante reserva. Aos 30, ele desempatou o jogo. Aos 38, deu o passe para Fred fazer 3 a 1, numa partida que terminou 3 a 2.
Na oitava rodada, o Atlético empatava com o Tricordiano, em Divinópolis, até os 46 minutos do segundo tempo, quando Rafael Moura, que entrou no lugar de Fred no intervalo, decretou o 2 a 1 para o Galo.
Matador
No Cruzeiro, Ramón Ábila é o único jogador do grupo do técnico Mano Menezes que marcou gol nas quatro competições que a Raposa já disputa neste início de temporada.
O camisa 9 cruzeirense tem quatro gols no Campeonato Mineiro, dois na Primeira Liga, um na Copa do Brasil e um na Copa Sul-Americana.
Apesar de reserva, quando se trata de bola na rede, Ábila, que já marcou oito gols na temporada, tem números superiores ao de Rafael Sóbis, que fez nove. A média do argentino, que entrou em campo 13 vezes, é 0,61, contra 0,60 de Sóbis, que disputou 15 partidas.
A diferença é que Ábila foi titular apenas quatro vezes, contra 14 do centroavante titular de Mano Menezes. Assim, quando se levanta o número de minutos necessários para balançar a rede adversária, o argentino é ainda mais eficiente.
Ábila fez um gol a cada 63 minutos, já Rafael Sóbis precisou de 135 para balançar a rede adversária.
No domingo, Rafael Moura e Ábila comandarão o ataque dos times reservas de Atlético e Cruzeiro, respectivamente, e terão mais uma chance de mostrar que são realmente sombras parfa Fred e Sóbis.