Stock Car chega a Curvelo e pilotos se adaptam a seu jeito ao novo traçado mineiro

Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
17/11/2016 às 22:03.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:42

Não é apenas um traçado novo. É nada menos do que o mais extenso do Brasil e com 18 curvas espalhadas ao longo dos 4.420m de asfalto. Palco, de hoje a domingo, da penúltima etapa do Brasileiro de Stock Car (em conjunto com os brasileiros de Marcas e Turismo), no que marca a primeira vinda da categoria a Minas Gerais, o Circuito dos Cristais, em Curvelo, representa um desafio inédito mesmo para pilotos com larga experiência aqui e no exterior. E os caminhos usados para aprendê-lo foram os mais variados. Tudo para chegar aos treinos extras de hoje tentando ter o mínimo de trabalho possível no acerto do carro.

"Quando é uma pista conhecida a equipe tem um acerto de base, mas aqui vamos começar quase do zero. Acredito que a cada saída nos treinos teremos um ajuste a fazer, algo a mudar na altura do carro, na suspensão. A pista é muito boa, embora seja pouco maior do que Interlagos, dá muito mais mão de obra, já que é apenas uma reta longa e o restante não dá tempo para respirar", admite o bicampeão Ricardo Maurício, da RC Eurofarma. Ele andou na pista integrando uma comitiva dos organizadores da Stock para verificar as condições do traçado e sugerir mudanças. Uma delas foi prontamente aceita: o sinal de partida foi colocado no fim da reta dos boxes, para evitar que, na largada, os carros, com motores V8 de 550cv, cheguem muito rápido à forte freada da curva 1, de 90 graus, à direita. Ponto que, aliás, é apontado como o principal para as ultrapassagens.

Houve quem preferisse descobrir os mistérios do circuito e suas curvas de nomes curiosos: "Adeus mamãe", "Anzol", "Cauda da Onça", "Bumerangue" em condições de competição: caso do brasiliense Lucas Foresti (Pro GP), que acelerou na primeira etapa do GP Gerais com um Celta 1.600cc. Alguns pilotos, como Bia Figueiredo, Diego Nunes (ambos da União Química) e Gabriel Casagrande (C2), andaram com o mesmo tipo de carro. E o vice-líder do campeonato Rubens Barrichello (Full Time) não mediu esforços – no fim de outubro, testou com uma Audi R8 GT3 e estabeleceu o recorde extra-oficial para o traçado, na casa de 1min50.

Para não perder terreno numa categoria tão equilibrada, em que cada décimo de segundo conta, houve quem apelasse para o simulador – antes mesmo de a pista ser asfaltada já havia uma versão virtual disponível. E valeu também imagem registrada por câmeras onboard – assim Ricardo Zonta (Shell Racing), Sérgio Jimenez (Cavaleiro), Rafael Suzuki (Vogel) e Guga Lima (TMG) se prepararam para encarar a novidade. Houve ainda quem tenha deixado para a última hora um estudo mais detalhado do que vai encontrar assim que o sinal verde se acender na saída dos boxes, como Raphael Abbate (Hot-Car). Qual deles será o método mais eficiente? Respostas a partir das 9h20 de hoje, quando as máquinas ganham o asfalto das Minas Gerais pela primeira vez.

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