(AFP/Stan HONDA)
Suspensa por dois anos após cair no doping, Maria Sharapova voltou a ter o veredicto para o seu apelo contra a punição adiado pela Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês).
A ex-líder do ranking mundial do tênis terá a sua apelação julgada apenas na primeira semana de outubro, informou nesta terça-feira o máximo tribunal esportivo mundial, por meio de um comunicado oficial.
Cinco vezes campeã de torneios de Grand Slam, a tenista russa de 29 anos foi punida pela Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês), em junho, depois de ter testado positivo para o uso da substância proibida Meldonium, em janeiro, durante a disputa do Aberto da Austrália.
Sharapova foi provisoriamente suspensa pela ITF no início de março, quando anunciou em uma entrevista coletiva, realizada em Los Angeles, que havia dado positivo em exame antidoping em janeiro.
Naquela oportunidade, a russa declarou que não tinha tomado conhecimento da decisão da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) de proibir o consumo do Meldonium, substância também conhecida como mildronato, a partir de 1º de janeiro deste ano, embora a máxima entidade de controle de doping tenha informado sobre a proibição em setembro de 2015.
Punida em junho, Sharapova inicialmente esperava que seu apelo fosse julgado pela CAS em julho, mas a corte anunciou naquele mês que o recurso apresentado pela tenista contra a sua suspensão foi adiado para o dia 19 de setembro.
Naquela ocasião, o máximo tribunal esportivo alegou que precisava de mais tempo para avaliar o caso, que agora voltou a ter o seu julgamento adiado.
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A decisão tomada pela ITF, em junho, revoltou Sharapova, que tinha esperança de poder participar dos Jogos Olímpicos do Rio, que começaram em 5 de agosto.
Ela qualificou a decisão da ITF como "injusta" e "dura", depois de ter alegado, em março, que tomava um remédio que continha Meldonium - indicado para combater problemas cardíacos - desde 2006.
Com a eclosão de vários casos de doping por Meldonium no esporte, a Wada explicou que poderia "anistiar" atletas em casos que não se conseguisse comprovar que a substância tenha sido utilizada antes de 2016.
Porém, o próprio advogado de Sharapova, John Haggerty, declarou que a russa utilizou a substância depois da data de proibição.
Além de testar positivo no Aberto da Austrália, em janeiro, Sharapova também falhou em um exame realizado fora de competições, em Moscou, em 2 de fevereiro, mais uma vez para Meldonium, disse a ITF.
Punida, a russa é uma das dez únicas tenistas a ter um Grand Slam de carreira.
Ela teve um início impressionante no tênis profissional sendo campeã de Wimbledon em 2004, aos 17 anos, número 1 do mundo aos 18, venceu o US Open aos 19, e levou o Aberto da Austrália aos 20. Depois, sofreu com várias lesões, mas resgatou a sua carreira tendo sido campeã em Roland Garros em 2008 e 2012.