(Bruno Cantini/Atlético)
Briga é uma palavra que pode causar calafrios para o meia-atacante Vinícius, se for colocada no sentido literal. Caso a palavra tenha teor figurativo, então vira motivo de inspiração para o sucesso. Neste 2019, o jogador chega ao Atlético para “lutar” no time titular diretamente com o equatoriano Juan Cazares.
Contratado livre no mercado após não renovação com o Bahia, Vinícius ficou marcado pela confusão generalizada entre os jogadores de um BaVi (clássico baiano entre o Tricolor e o Vitória). Águas passadas, mas que mudou sua forma de agir. “Todos agiram de forma errada e serve de aprendizado. Vou tomar cuidado para comemorar”, afirmou o jogador, que chegou a prestar queixa na polícia contra cinco jogadores do Leão, entre eles Denilson, comprado pelo Galo e emprestado para a Arábia Saudita.
Ele chegou ao Atlético na semana passada, assinou vínculo de duas temporadas (2019 e 2020) e foi apresentado oficialmente ontem pelo diretor de futebol Marques. Aos 27 anos, o jogador destacou que gosta de jogar “de camisa 10”.
“Gosta de jogar na posição de 10, onde o Cazares joga. Claro que sei que são muitos jogos e acho que todo mundo vai jogar. Aos poucos vou procurar meu espaço. Venho com esse pensamento, quero jogar, mas respeito meus companheiros”, afirmou o atleta.
Os números de Vinícius em 2018 condiz com a chance de colocar uma pulga atrás da orelha do treinador Levir. Se não tivesse comemorado daquele jeito no BaVi (dança do créu em direção à torcida adversária), ele teria fechado 2018 com 13 gols e 11 assistências. Como o clássico do Barradão foi anulado e decretado W.O., uma vez que o Vitória teve seis expulsos, Vinícius teve 12 gols oficiais, e o mesmo número de assistências somado por Cazares.
“Um meia, temporada muito boa ano passado, bons números, que são sempre uma chancela para o nosso treinador, uma nota de corte para o nosso jogador. Que ele possa reeditar conosco a ótima temporada em 2018, com números, pegada e vontade”, disse Marques.<EM>