O criticado teste da Pirelli e Mercedes poderá terminar no Tribunal Internacional da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Neste domingo, os comissários do GP de Mônaco informaram que vão fazer um relatório sobre o teste em que a equipe utilizou o chassi do seu carro 2013 e os atuais pneus da Pirelli no circuito de Barcelona, uma semana após a realização do GP da Espanha.
Os testes durante a temporada são proibidos na Fórmula 1, mas a Pirelli se defendeu ao alegar que o seu contrato com a FIA. como fornecedora de pneus, lhe permite chamar equipes para ajudar nas suas atividades. A Mercedes, por sua vez, afirmou que recebeu a permissão da FIA para participar do treino.
O relatório será produzido horas depois de um protesto formal apresentado em conjunto por Red Bull e Ferrari. As equipe criticaram o teste "feito de forma não transparente" entre os dias 15 e 17 de maio. Ao todo, os pilotos da Mercedes completaram 1.000 quilômetros com o carro atual da equipe.
As críticas aumentaram depois que a Mercedes venceu o GP de Mônaco, com o carro de Nico Rosberg, neste domingo. A equipe é uma das que mais vem sofrendo com a alta degradação dos pneus fornecidos pela Pirelli neste ano. O teste, considerado irregular pelos demais times, poderia beneficiar a Mercedes ao facilitar sua adaptação aos compostos desta temporada
A FIA confirmou ter recebido o pedido da Pirelli para testar os pneus, mas criticou a forma como os testes foram realizados. Segundo a entidade, a fornecedora da Fórmula 1 só teria a permissão para testar seus compostos desde que concedesse a mesma oportunidade para todas as equipes.
A Federação argumentou ainda que o teste deveria ser realizado pela Pirelli e não pela Mercedes, que acabou providenciando o carro e os pilotos. Por fim, a FIA disse não ter recebido qualquer confirmação dos testes tanto por parte da Pirelli quanto por iniciativa da Mercedes.
A transgressão do regulamento da Fórmula 1 poderá acarretar punições pesadas à Mercedes. A equipe pode ser julgada pelo Tribunal Internacional da própria FIA. "O Tribunal pode decidir infligir penas que se sobreponham a qualquer penalidade que os comissários de prova possam ter dado. Tal procedimento seria seguido de acordo com as Regras Judiciais e Disciplinares da FIA", registrou a entidade, em nota oficial.
Se houver um julgamento formal no Tribunal, o caso deve envolver somente a Mercedes, já que a Pirelli não está sujeita a punições diretas, por não estar envolvida na competição. A empresa italiana, contudo, poderá ter como consequência a não renovação do seu contrato com a Fórmula 1. O vínculo se encerra no fim deste ano e as discussões sobre um novo acerto ainda não foram iniciadas.
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