Thaísa admite ansiedade antes da final da Superliga feminina

Paulo Favero
22/04/2015 às 20:00.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:44

Antes da final da Superliga feminina de vôlei, que será realizada no próximo domingo, no Rio de Janeiro, as jogadoras do Molico/Nestlé, de Osasco, estão tendo de lidar com a ansiedade para a partida decisiva contra o Rexona-Ades. O último jogo pela semifinal foi há quase duas semanas e desde então as atletas têm alternado treinamento, descanso e fisioterapia para algumas.

Para a central Thaísa, capitã da equipe, o time não vê a hora de a partida começar. "Eu tento evitar ficar pensando na partida, mas quando paro para pensar, dá um friozinho na barriga. Nesse período, tento ficar focada em outras coisas", admite a atleta, considerada uma das melhores jogadoras do mundo em sua posição, em evento da Asics, fornecedora de material esportivo, em São Paulo.

Ela iniciou a temporada como capitã e garante que está aprendendo a lidar com a nova situação. "O que mudou para mim é que tive de melhorar a minha comunicação. O Zé (Roberto Guimarães, técnico da seleção feminina) sempre me falava que eu era muito calada. Então tive de mudar isso", conta Thaísa, que acha que seu estilo está sendo aceito pelas colegas. "Ninguém criticou ainda, acho que me dou bem com todo mundo", diz.

Perfeccionista, a jogadora sabe se que será muito importante para a equipe na decisão. Ela explica que sempre se cobra muito e, apesar de muitas pessoas acharem que ela é extrovertida, ela na realidade é mais quieta. "Sempre fui muito tímida, gosto de ficar em casa, não sou de sair muito. Eu sou uma manteiga derretida, choro, sou romântica", revela, lembrando que dentro da quadra se transforma. "Aí eu cobro, vibro, dou força para todo mundo."

Thaísa está tendo de lidar com uma dor nas costas que atrapalhou bastante o desempenho da jogadora de 27 anos. Vem fazendo fisioterapia e se preparando para estar bem para a final da Superliga. Seu objetivo é liderar suas companheiras a mais um título na competição, apesar de o duelo ser na cidade do adversário.

A central é a atleta com mais pontos de saque da história da Superliga, com 286 aces. Também tem ótimo aproveitamento no bloqueio, mas quer melhorar. "Acho que sempre podemos evoluir. Quero me superar a cada dia", conclui Thaísa, que também sonha com o tri olímpico em 2016.
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